Num comunicado, o SNPC refere que “todos os anos se assiste a um decréscimo de responsabilidades dentro do DECIR (Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais), que atribui aos vigilantes da natureza apenas a vigilância e deteção, sem poder atuar dentro das zonas adstritas ao respetivo parque natural, que representa um atentado à natureza e a biodiversidade que estão sobre sua alçada”.
O SNPC recorda que os vigilantes da natureza estão equipados com um veículo ligeiro de combate a incêndios com capacidade de 500L de água e que faz toda a diferença numa ignição.
“Ter vigilantes da natureza com capacidade de ‘Ataque Inicial’ (primeira intervenção), pode ditar a diferença entre ter um fogacho ou um incêndio de grandes dimensões, com perdas enormes para a biodiversidade, meios humanos e materiais”, defende o SNPC.
O sindicato denuncia “um desrespeito pelo trabalho dos vigilantes da natureza, negando-lhe uma revisão da carreira profissional e um salário ajustado a todas as funções que lhes estão atribuídas e lembra que recentemente passou para alçada do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) a tutela dos animais de companhia que resultou em mais trabalho, aumento da responsabilidade e manutenção do salário.
Assim, o SNPC refere no comunicado que luta por melhores condições de trabalho, mais uniformes e equipamentos de proteção individual e pela abertura de concurso de pelo menos 100 vigilantes da natureza.
O SNPC sublinha no comunicado que também luta pela inclusão dos vigilantes da natureza com atuação ao nível da primeira intervenção na Diretiva Operacional Nacional, por mais meios de comunicação rádio/móvel e pela defesa da negociação, pelo diálogo e a resolução das reivindicações apresentadas ao Ministério do Ambiente e Ação Climática.
“O pacote financeiro aprovado pelo conselho de ministros dedicado à floresta mostra que o dinheiro não é problema, o problema são as políticas desajustadas em prejuízo de trabalhadores essenciais para a conservação da natureza e das florestas”, refere o SNPC no comunicado.
“É urgente reconhecer a valorização dos vigilantes da natureza revendo a sua carreira profissional com salários justos”, conclui.
LUSA/HN
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