OMS alerta que casos aumentam na Europa após 10 semanas de declínio

1 de Julho 2021

Os casos da Covid-19 começaram novamente a aumentar na Europa após 10 semanas consecutivas de queda, anunciou esta quinta-feira a filial europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS), alertando para o risco de uma nova vaga.

“Haverá uma nova onda na região europeia, a menos que permaneçamos disciplinados”, disse o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, durante uma conferência de imprensa ‘online’.

Segundo Hans Kluge é uma situação de evolução rápida, que registou um aumento de 10%, com uma nova variante de preocupação (Delta), e numa região onde, apesar dos enormes esforços dos países, milhões de pessoas ainda não estão vacinadas.

Kluge lembrou que as estimativas sugerem que esta variante será dominante na Europa em agosto e pediu a manutenção de precauções individuais, bem como medidas de saúde para evitar uma nova onda no outono.

A variante Delta do coronavírus, que é particularmente contagiosa, deve representar 90% dos novos casos de Covid-19 na União Europeia até o final de agosto, estimou o Centro Europeu para Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) na semana passada.

Essa variante, inicialmente detetada na Índia, é 40 a 60% mais transmissível do que a Alpha, de acordo com a OMS.

A OMS reiterou que as vacinas são eficazes contra a variante Delta, mas é necessário receber as duas doses, não apenas uma.

A cobertura média da vacina (duas doses) na Europa é de apenas 24%, e metade da população idosa e 40% do pessoal de saúde permanecem desprotegidos, destacou a OMS.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.940.888 mortos no mundo, resultantes de mais de 181,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.096 pessoas e foram confirmados 879.557 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. O país regista atualmente um aumento do número de casos e de internamentos.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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