Ministra do Turismo espanhola pede para não se estigmatizar o país insistindo que é destino seguro

8 de Julho 2021

A ministra da Indústria, Comércio e Turismo espanhola, Reyes Maroto, pediu esta quinta-feira para que não se “estigmatize” Espanha pelo aumento das infeções de Covid-19, defendendo que é um destino seguro e o crescimento é geral em todo o mundo.

A ministra espanhola insistiu que, apesar dos contratempos, Madrid continua a ter o objetivo de conseguir receber durante o corrente ano cerca de 40 milhões de turistas estrangeiros.

O aumento das infeções está a ocorrer em todo o mundo, em Portugal, no Reino Unido e em toda a União Europeia, disse Reyes Maroto, que apelou para não se “estigmatizar” a Espanha.

Para que isso não aconteça, a responsável governamental conta com o certificado digital que está em vigor desde 01 de julho em toda a União Europeia, o qual permite viajar livremente entre países, uma vez que atesta que o titular recebeu a vacinação completa, passou a doença ou fornece uma PCR negativa.

Estas declarações são feitas no mesmo dia em que a França desaconselhou os seus cidadãos a irem de férias a Espanha e a Portugal, dois dos seus principais destinos turísticos, porque estes países foram imprudentes no desconfinamento, o que causou um aumento dos contágios.

“Aqueles que ainda não reservaram, evitem Espanha e Portugal nos vossos destinos. Esta é uma mensagem de prudência, uma recomendação em que insisto”, disse esta manhã o secretário de Estado dos Assuntos Europeus francês, Clément Beaune.

De acordo com Reyes Maroto, a Espanha é um destino seguro, onde para além da incidência acumulada neste momento também se deve olhar para a pressão hospitalar, “que neste momento não é um problema”, já vacinou mais de 20 milhões de pessoas e registou “muito poucos casos importados”.

A ministra pediu “muita cautela” aos jovens, visto que é nessas faixas etárias que estão a ocorrer mais infeções.

Segundo os últimos números divulgados pelo Ministério da Saúde espanhol, a incidência acumulada (contágios) no país voltou a subir na quarta-feira, principalmente entre os jovens, mas a pressão hospitalar mantém-se relativamente estável.

O nível de contágios teve uma subida de 27 unidades, tendo a incidência acumulada passado dos 225 (terça-feira) para 252 casos (quarta-feira) diagnosticados por cada 100.000 habitantes nas últimas duas semanas.

As comunidades autónomas espanholas com os níveis mais elevados são as da Catalunha (557), Cantábria (373), Navarra (345), Castela e Leão (343), Comunidade Valenciana (240), Astúrias (233) e Andaluzia (212).

Entre os jovens de 20 a 29 anos a incidência acumulada disparou na quarta-feira para um nível de 814 pessoas infetadas por cada 100 mil pessoas, nos últimos 14 dias.

O segundo grupo mais atingido é o dos jovens de idades entre 12 e 19 anos, faixa etária em que se registam 729 casos por cada 100 mil pessoas.

Mas na quarta-feira tinham dado entrada nos hospitais de todo o país 451 pessoas com a doença, menos três pessoas do que no dia anterior.

Por outro lado, desceu para 2.829 pessoas o número de hospitalizados com Covid-19 (2.847 na terça-feira), o que corresponde a 2,4% das camas, dos quais 598 pacientes estão em unidades de cuidados intensivos (616), 6,6% das camas desses serviços.

Mesmo assim, algumas comunidades autónomas, como a Catalunha e Navarra, tomaram medidas para travar o atual aumento de contágios: a primeira encerrou os locais de vida noturna e a segunda fixou o encerramento desses locais a partir das 01:00.

Números divulgados hoje pela região da Catalunha indicam um aumento da incidência, com mais de 8.000 novas infeções nas últimas 24 horas, o que está a causar um aumento das hospitalizações, com 663 pacientes admitidos, 53 mais do que na quarta-feira, e também começa a aumentar o número de pessoas nas unidades de cuidados intensivos.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 3.996.519 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 184,4 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, a Índia ou a África do Sul.

LUSA/HN

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