Ordem dos Médicos do Centro critica “excesso de confiança” de personalidades

8 de Julho 2021

O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) criticou esta quinta-feira “personalidades públicas” que transmitem mensagens de “excesso de confiança”, como se a pandemia tivesse passado, e apelou à responsabilização para evitar aumento de casos.

“Temos sentido algum desleixo, alguma desresponsabilização das pessoas, alguma mensagem também errada de muitas personalidades a nível nacional que transmitem uma mensagem de excesso de confiança, como se a pandemia tivesse passado. Ora, a pandemia não terminou. O Sars-Cov-2 [o vírus que provoca a Covid-19] continua no meio de nós”, disse aos jornalistas Carlos Cortes.

No final de uma visita ao Hospital Distrital da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, questionado pela agência Lusa sobre a que personalidades se referia, o presidente da SRCOM escusou-se a nomeá-las, alegando que quando se referiu a “personalidades públicas” falou “no geral e não de nenhuma em particular”.

“Falei na globalidade de várias personalidades que têm comportamentos que podem transmitir uma mensagem muito errada ao cidadão comum, pensam que a pandemia já passou. Compreendo perfeitamente que tem de haver aqui um sinal de confiança, um sinal de abertura, para o desenvolvimento da economia e de outras áreas da sociedade. Mas temos de continuar a manter toda a vigilância”, argumentou Carlos Cortes.

Na ocasião, o presidente da SRCOM apelou à “responsabilização e cidadania” no combate ao aumento de casos de Covid-19, que “também se faz sentir na região Centro”.

“Tem de haver um trabalho de todos, um trabalho de cidadania, não é só dos profissionais de saúde. É das pessoas que, no seu dia a dia, têm de ter comportamentos adequados”, defendeu.

“E nós, infelizmente, vemos em várias imagens, no nosso dia a dia, na rua, no nosso local de férias, que as pessoas não estão a ter comportamentos responsáveis. A luta e o combate à Covid-19 não é só dos profissionais de saúde, é de todos nós”, reafirmou Carlos Cortes.

LUSA/HN

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