“Neste momento estamos com 50% da nossa capacidade total de cuidados intensivos destinada para doentes covid, o que não afeta os outros serviços, estando os hospitais em operação normal”, disse à Lusa um dos membros do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), Paulo Neves.
Segundo o responsável, os 50% referem-se à capacidade de camas previstas para a fase 2 do plano de contingência, tendo os hospitais algarvios “ainda margem para aumentar essa capacidade, caso seja necessário”.
“Temos um plano de contingência que pode ser ajustado e aumentado em função das necessidades, mas temos a perspetiva da não existência de um aumento substancial de casos da doença”, indicou.
Segundo Paulo Neves, a perspetiva “tem a ver com o número de casos registados em média nos últimos quatro dias, dado que, nesse período, não houve variação sensível no número de internamentos nos hospitais do Algarve”.
“A nossa previsão é a de que se mantenha a tendência que se verifica desde o início do mês de pessoas a necessitar de internamento hospitalar, embora estejamos preparados para responder a um eventual aumento de casos graves da doença”, sublinhou.
Na opinião do responsável, “a cobertura vacinal está a ter um papel importante no número de casos graves e de óbitos” relacionados com a doença no Algarve, exemplificando com o número baixo, quatro, de doentes internados em cuidados intensivos a necessitarem de ventilação assistida”.
Paulo Neves adiantou que as unidades hospitalares, de Faro, Portimão e de Lagos, geridas pelo CHUA “mantêm todas as atividades clínicas a funcionar normalmente” e ressalvou que “não foram suspensas as férias dos profissionais de saúde”.
“Como estamos na fase 2 e mantemos a capacidade, não vamos interromper férias, nem a atividade assistencial, porque temos de tratar de todos os doentes, os covid e não covid”, concluiu.
LUSA/HN
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