A universidade de Oxford, no Reino Unido, começou no dia 5 de julho a vacinação de 13 adultos com uma nova vacina contra o VIH, dando início à Fase I dos ensaios clínicos.
A Universidade de Oxford iniciou a fase I do “HIV-CORE 0052”, um ensaio clínico realizado no Reino Unido com uma candidata à vacina contra o VIH. Denominada “HIVconsvX”, a sua fórmula em “mosaico” visa proteger as pessoas contra uma ampla gama de variantes do VIH-1, tornando-a potencialmente aplicável às estirpes do vírus em qualquer região do planeta.
Ao todo, participam no ensaio 13 adultos saudáveis que testaram negativo para a doença, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, consideradas como não estando em alto risco de infeção. Receberam uma dose da vacina e, quatro semanas mais tarde, receberão uma dose de reforço.
O ensaio vai avaliar a segurança, a tolerância e a imunogenicidade da candidata a vacina. “Há 40 anos que procuramos uma vacina eficaz contra o VIH. Este ensaio é o primeiro de uma série de avaliações desta nova estratégia de vacina em indivíduos VIH-negativos para prevenção, e em pessoas que vivem com VIH, para cura”, explicou Tomáš Hanke, professor de Imunologia do Instituto Jenner, da Universidade de Oxford, e líder do estudo.
Enquanto a maioria das vacinas contra o VIH em estudo trabalham induzindo anticorpos gerados pelas células B, a HIVconsvX induz as potentes células T a destruir o patógeno, direcionando-as para regiões vulneráveis do VIH, um “talão de Aquiles” que é comum à maioria das variantes do vírus.
“Alcançar a proteção contra o VIH é extremamente desafiante e é importante que aproveitemos o potencial protetor dos anticorpos e das células T do sistema imunológico”, sublinhou Paola Cicconi, cientista do Instituto Jenner e investigadora-chefe do ensaio.
Os ensaios fazem parte da “Iniciativa Europeia para a Vacina contra a SIDA” (EAVI2020), um projeto internacional e colaborativo idealizado pelo programa de investigação e inovação da Comissão Europeia “Horizonte 2020”.
Os investigadores esperam podem partilhar os resultados desta primeira fase do ensaio em abril de 2022 e também planeiam iniciar testes na Europa, na África e nos Estados Unidos.
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NR/HN/Adelaide Oliveira
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