“A falta de planeamento na organização” do polo de Santa Catarina, integrado na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, foi denunciada pelo deputados social-democratas na Assembleia da República, onde questionaram a ministra Marta Temido sobre a contratação de médicos de família para esta valência.
Na pergunta, formalizada na sexta-feira, os deputados alertam que a falta de profissionais leva a que os pedidos de receituário “cheguem a demorar mais de 20 dias”, o que, “aliado à falta de consultas da especialidade e de profissionais de saúde para dar resposta condigna, leva ao desespero de centenas de utentes que sem mobilidade e sem recursos financeiros ficam impossibilitados de aceder aos seus medicamentos, quer por falta de receitas, quer pela falta de recursos, que permitam usufruir dos medicamentos”.
Estas situações, referem, têm “consequências dramáticas em muitos dos casos” e afetam cerca de 2.000 utentes daquela unidade de saúde.
Na pergunta ao Governo, os deputados questionam se o ministério pretende “colmatar as falhas apontadas” com as dotações necessárias, nomeadamente através da contratação de recursos humanos, ou se, pelo contrário, a ministra “assume que os utentes desta unidade de saúde continuem a ser prejudicados”.
O polo de Santa Catarina integra o Centro de Saúde das Caldas da Rainha, uma das unidades do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Oeste Norte, cuja área de influência abrange ainda os concelhos de Alcobaça, Bombarral, Nazaré, Óbidos e Peniche, contando com cerca de 180 mil utentes inscritos.
LUSA/HN
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