“Nós já começámos os primeiros ensaios a nível de laboratório para fazermos cá a sequenciação do genoma”, adiantou Edgar Neves, em entrevista.
Até agora, tem sido o Instituto Doutor Ricardo Jorge, de Portugal, a apoiar São Tomé e Príncipe nesta tarefa.
“Ao longo desta semana já teremos os primeiros resultados, o que nos vai permitir conhecer as variantes com maior rapidez e permitir também, em termos de organização estrutural do departamento de vigilância e epidemiologia, podermos agir mais rapidamente”, comentou.
Edgar Neves adiantou que o país quase duplicou a capacidade de testagem, com a aquisição de um novo equipamento, podendo chegar agora aos 300 testes PCR por dia.
“Também temos recebido em quantidade satisfatória os testes antigénio [rápidos], o que nos permite entrar já no terreno, fazendo um rastreio mais alargado de forma a apanhar sobretudo os pontos que nos parecem mais importantes como os quartéis, escolas, centros de saúde”, adiantou.
“Tudo isto vai permitir ter uma leitura mais precisa do quadro real daquilo que está a acontecer”, comentou.
O ministro destacou que à medida que o país consegue realizar mais testes à Covid-19, consegue também dar resposta às necessidades das companhias aéreas. Esta semana, por exemplo, a companhia aérea portuguesa TAP tem três voos previstos, enquanto até agora apenas eram realizados dois voos semanais.
“Isto naturalmente é uma faca de dois gumes. Nós precisamos de alimentar a economia por um lado mas também aumenta o risco de entrada e de contaminação mas não há outro caminho a seguir”, frisou.
A solução, sublinhou, é apostar na vacinação.
Segundo o governante, o ritmo de entrega de vacinas tem sido satisfatório. Além das doses que chegam ao país através da plataforma Covax, também Portugal cedeu esta semana 12.500 vacinas e deverá entregar um novo lote mais tarde.
As autoridades pretendem vacinar 150 mil pessoas e estimam que poderão atingir 70% deste objetivo no primeiro trimestre do ano, ou até um pouco antes.
São Tomé e Príncipe regista, desde o início da pandemia no país, em abril de 2020, um total de 37 mortes associadas à Covid-19 e 2.413 casos de infeção pelo novo coronavírus.
LUSA/HN
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