“Das medidas apresentadas destaca-se um conjunto de soluções de Incentivo ao Consumo. O levantamento gradual das medidas ao normal funcionamento dos estabelecimentos, designadamente o alargamento dos horários, bem como a clareza e oportunidade da implementação das medidas decidas pelo Governo, são fatores determinantes para o incremento do consumo”, descreve a associação, em comunicado.
O plano com nove medidas, nas áreas do Consumo, Liquidez, Financiamentos, Fiscalidade, Emprego e Qualificação, foi criado depois de a AHRESP se ter reunido com os associados dos Açores para auscultar as suas preocupações”, descreve a nota de imprensa.
Já o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, sublinhou, também em comunicado, que é responsabilidade do executivo “fazer um equilíbrio entre o controlo da pandemia de Covid-19, com foco no processo de vacinação, e as decisões tomadas em torno de constrições a algumas atividades económicas”.
O governante falava no Palácio de Sant’Ana após se ter reunido com uma delegação da AHRESP.
No encontro estiveram, entre outros, o Primeiro Vice-Presidente da entidade, Carlos Moura, e a Presidente da Comissão Diretiva nos Açores, Cláudia Chaves.
Para a AHRESP, a implementação das nove medidas propostas “é essencial para que as empresas consigam sobreviver até à retoma da atividade económica”.
“Só com medidas robustas, ágeis e céleres, é que será possível alcançar o equilíbrio entre economia e saúde”, assinala.
O plano da AHRESP apresentado ao governante aponta, na vertente da Liquidez, “a Compensação do agravamento da TSU suportada pelo empregador por força da atualização do Salário Minino Regional”.
No âmbito das Qualificações, “a AHRESP propõe um plano integrado de ações para fazer face às carências de formação e de capacitação nos setores de alojamento turístico, restauração e similares”, descreve.
“Mais de um ano depois do início da crise pandémica provocada pela Covid-19 e com o habitual reforço das tesourarias na tradicional época alta neste momento comprometido, a AHRESP tem vindo a defender, de forma reiterada, a necessidade da criação de novos mecanismos de apoios para as empresas”, acrescenta.
Para a associação, “os estudos e dados oficiais confirmam e chegam mesmo a ultrapassar o que a AHRESP sempre estimou”.
“As empresas ligadas aos vários setores do turismo, desde o alojamento turístico à restauração e similares, têm sido especialmente impactados pela crise pandémica. São disso exemplos os mais recentes dados revelados no relatório de “Combate à fraude e evasão fiscais e aduaneiras 2020”, que refere que os setores do Alojamento e da Restauração (Canal HORECA) registaram uma quebra de 41% em 2020 face a 2019”, observa.
Tal significa, diz, “que se perderam mais de 6,5 mil milhões de euros”.
Na nota de imprensa do Governo, manifesta-se que a responsabilidade do executivo “fazer o equilíbrio entre aquelas que são as preocupações de controle epidemiológico e as necessidades, as ambições de inibição de constrições à atividade económica”.
O evoluir do processo de vacinação contra a Covid-19, lembrou o presidente do Governo, é um elemento que se juntou aos diversos que se unem na tomada de decisões sobre a pandemia.
Bolieiro referiu ainda que a redução fiscal na Região, nomeadamente no que refere ao IVA, foi um “sinal” de apoio ao consumo, sendo também de destacar a entrada em vigor do vale de 35 euros – de consumo em atividades económicas – para os viajantes de fora da Região que se deslocam com testes prévios à Covid-19.
O governante sublinhou ainda ter tomado “boa nota” do conjunto de propostas apresentadas pela AHRESP a propósito da retoma do setor, refere o comunicado.
LUSA/HN
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