BE acusa Governo de “nunca ter concretizado” medidas para fixar profissionais no SNS

26 de Julho 2021

A coordenadora do BE acusou esta segunda-feira o Governo de “nunca ter concretizado” as medidas no Orçamento do Estado de 2019 para fixar profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e apontou como “absoluta necessidade” qualificar as carreiras daqueles trabalhadores.

“O Governo nunca concretizou nenhuma das medidas [inscritas no Orçamento do Estado (OE) para 2019]. No OE de 2021 não tinha, aliás, nenhuma medida para fixar os profissionais no SNS, tudo o que fez foi pedir ao Presidente da República para colocar no decreto do Estado de Emergência que os profissionais do SNS ficavam proibidos de se despedir durante o Estado de Emergência”, disse em Esposende.

Questionada sobre notícias que dão conta que os cuidados intensivos estão a começar a sentir novamente pressão por causa da pandemia, Catarina Martins defendeu que “os profissionais de saúde precisam mais do que palavras de reconhecimento, precisam de condições para trabalhar”.

“Temos dito que o SNS está sob uma enorme pressão, os profissionais do SNS vão para o segundo ano em que muitos deles estão a ficar sem férias para responder ao que é preciso. Neste tempo não foi feito nada para compensar este esforço extraordinário, nem nas suas carreiras, nem nas contratações e vinculações que são fundamentais para que o SNS funcione”, apontou.

Sobre o alerta do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa para a possível suspensão de tratamentos de radiologia por causa da escassez de pessoal, Catarina Martins não se mostrou surpreendida.

“Reuni com a direção do IPO de Lisboa em 2019 e já se sabia que isto ia acontecer. Na altura dissemos que era necessário criar as carreiras especificas para estes técnicos altamente especializados e qualificados de que o SNS tanto precisa e que eram precisos mecanismos para fixar os profissionais no SNS”, afirmou.

Para a líder do Bloco, é necessário agir para evitar a fuga de profissionais de saúde do SNS.

“Há profissionais a sair do SNS, o que prova esta absoluta necessidade de qualificar as carreiras, contar os tempos de serviço como deve ser, dar carreiras a todos os profissionais que trabalham no SNS”, disse.

LUSA/HN

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