Num comunicado a que a Lusa teve acesso, a associação revela que houve uma quebra no volume de faturação, no número de trabalhadores, no valor médio das mensalidades e na taxa de retenção dos clubes.
“Os números do setor do ‘fitness’ e saúde dificilmente poderiam ser piores. Perdeu-se quase metade do volume de faturação, enquanto as mensalidades baixaram 20% e 15% dos trabalhadores estarão no desemprego. Os ginásios viram a sua capacidade de reter praticantes descer de 40%, para uns inéditos 2%”, pode ler-se neste barómetro, elaborado pela AGAP conjuntamente com o Centro de Estudos Económicos e Institucionais da Universidade Autónoma de Lisboa.
O presidente do Portugal Activo | AGAP, José Carlos Reis, reitera que “2020 foi definitivamente um dos piores anos de que há memória”, frisando que a saúde dos portugueses está em causa.
“Os portugueses estão mais sedentários, portanto mais vulneráveis a doenças do foro neuropsicológico ou cardiovasculares, isto num período em que nunca o exercício físico foi tão importante a vários níveis. É urgente que os nossos governantes entendam estes resultados como muito mais do que um setor em perda. Estes números dizem-nos que a população portuguesa está a piorar as suas condições de vida com este crescente índice de inatividade física. Chegou o momento de passar das intenções aos atos”, pede José Carlos Reis.
O barómetro mostra ainda que de 2019 para 2020 fecharam 300 clubes e o volume de faturação caiu de 289 371 mil euros para 167 408 mil euros.
O barómetro do ‘fitness’ em Portugal tem como objetivo principal apresentar indicadores que permitam caracterizar o setor, ajudando a explicar os comportamentos do mercado ao longo do tempo.
LUSA/HN
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