Em comunicado enviado à agência Lusa, a Direção da Organização Regional de Évora (DOREV) do PCP defendeu que “a região reclama menos propaganda e mais ação”, sublinhando que a “construção do novo hospital precisa de sair do papel”.
“A população do distrito e da região precisa que o Governo, mais do que anunciar passos, concretize, de vez, um calendário sério e rigoroso que tarda em se efetivar”, insistiram os comunistas.
O comunicado da DOREV DO PCP surge na sequência da assinatura do auto de consignação da obra da futura unidade hospitalar, que teve lugar na sexta-feira, segundo a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo.
A construção do novo Hospital Central do Alentejo, na periferia de Évora, que envolve um investimento total de cerca de 210 milhões de euros, foi consignada pela ARS do Alentejo à empresa Acciona.
O PCP de Évora recordou hoje que a empreitada foi adjudicada “a 09 de novembro de 2020”, quando “anunciaram o início da obra para final de maio” deste ano, mas, “passados seis meses”, os trabalho não se tinham iniciado.
Nessa altura, continuou a DOREV do PCP, surgiu “o anúncio de que o estaleiro iria estar no terreno no final do mês de julho” e, agora, “não há sinal do estaleiro anunciado, mas sim mais uma assinatura”.
“O PCP, que desde a primeira hora tem reivindicado a sua construção e exigido responsabilidades pelos atrasos, não deixará nunca de valorizar os passos dados para a construção do novo hospital”, assinalou.
Contudo, o partido “não pode deixar de lamentar” o que considera serem “repetidas ações de propaganda estrategicamente marcadas”, considerando tratar-se de uma “lamentável instrumentalização dos meios do Estado e das necessidades da população”.
“Fica por responder e contrariar as razões para tal inaceitável atraso no arranque das obras”, acrescentou.
Os comunistas de Évora indicaram que o PCP apresentou, em junho passado, no parlamento, um pedido de audição ao presidente da ARS do Alentejo, José Robalo, para responder aos “inexplicáveis e sucessivos atrasos no calendário” da obra.
O concurso público relativo à empreitada do novo Hospital Central do Alentejo foi ganho pelo grupo espanhol Acciona em abril do ano passado, tendo a construção sido adjudicada à empresa pela ARS em novembro desse ano.
Segundo a ARS do Alentejo, o projeto envolve um investimento total de cerca de 210 milhões de euros, já que, aos cerca de 180 milhões da construção, se juntam perto de “mais 30 milhões” para “equipamento de tecnologia de ponta”.
O edifício, cujo projeto conta com assinatura do arquiteto Souto de Moura, vai ocupar uma área de 1,9 hectares.
A lotação vai ser de “351 camas em quartos individuais, que pode ser aumentada, em caso de necessidade, até 487”, disse a ARS.
O novo hospital vai contar ainda com “30 camas de cuidados intensivos/intermédios e 15 de cuidados paliativos”.
Um total de 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para atividade de ambulatório e dois para atividade de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro serão outras das valências da infraestrutura.
LUSA/HN
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