O juiz do condado de Pulaski, Tim Fox, emitiu sexta-feira uma medida liminar contra a lei que o governador Asa Hutchinson assinou em abril que suspende a obrigatoriedade do uso de máscara por entidades governamentais.
A lei proibitiva estava a ser contestada por dois processos, incluindo um de um distrito escolar na zona este do Arkansas, onde mais de 900 funcionários e alunos estão a cumprir quarentena, devido a um surto de covid-19.
A lei “não pode ser aplicada de qualquer forma ou feitio”, disse Tim Fox, enquanto se aguarda uma nova ação judicial.
Já Asa Hutchinson disse que a mudança era necessária para proteger as crianças menores de 12 anos que não podem ser vacinadas, uma vez que os casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-COV-2 e os internamentos hospitalares dispararam no estado norte-americano.
Na quinta-feira, um painel da Câmara dos Representantes rejeitou duas medidas que poderiam permitir que alguns distritos escolares emitissem exigências de máscara.
Houve pedidos crescentes para suspender a proibição antes do início do ano letivo em todo o estado até ao final de agosto.
O distrito escolar de Marion, um dos que desafia a lei de proibição obrigatória, disse hoje que 949 funcionários e alunos foram colocados em quarentena desde o início das aulas, na semana passada, devido a um surto de covid-19. O distrito acrescentou que 54 alunos e 11 funcionários testaram positivo à doença.
“Acho que nos vamos arrepender se não tomarmos medidas. Só espero que as consequências não sejam fatais para as crianças, funcionários e professores neste estado”, disse o senador democrata Keith Ingram.
Pediatras e autoridades de saúde explicaram que o uso de máscara nas escolas é necessário para proteger as crianças, já que a variante Delta e a baixa taxa de vacinação no Arkansas alimentam os casos crescentes do estado.
Na segunda-feira, o Arkansas revelou o maior aumento, em 24 horas, de internamentos por covid-19 desde o início da pandemia, e o Departamento de Saúde disse, na quinta-feira, que apenas estavam disponíveis 36 camas nas unidades de cuidados intensivos estaduais.
O governador afirmou durante a semana que estava arrependido por ter assinado a proibição do mandado do uso de máscara, dizendo, de acordo com a agência de notícias AP, que “gostaria que isso não se tivesse tornado lei”.
Asa Hutchinson lembrou que assinou o decreto-lei quando os casos de infeções por covid-19 do estado eram muito mais baixos e que a legislação poderia ter anulado.
NR/HN/LUSA
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