Ministério Público de Macau acusa quatro pessoas durante “estado de prevenção imediata”

16 de Agosto 2021

Quatro pessoas foram acusadas pelo Ministério Público de Macau de diferentes crimes durante o "estado de prevenção imediata", que vigorou no território entre 03 e 10 de agosto.

Um homem, de 46 anos, detido em 07 de agosto, foi acusado de difundir informações falsas em plataformas de redes sociais, sobre cinco alegados casos de Covid-19 entre funcionários sanitários locais, podendo ser condenado a uma pena de prisão até dois anos ou a uma multa até 240 dias, indicou o Ministério Público (MP).

“Se a falsa informação causar choque ou ansiedade pública, ou afetar os atos das autoridades de defesa civil, o acusado pode mesmo ser condenado a três anos de prisão”, acrescentou o MP, em comunicado.

Em 06 de agosto, a polícia deteve um idoso que atacou um segurança depois de lhe ter sido proibida a entrada num mercado local por não mostrar o código de saúde digital, e um adolescente de 18 anos que recusou usar máscara e forçou a entrada num edifício governamental, onde também agrediu um segurança.

Para entrar nos edifícios públicos em Macau é necessário apresentar o código de saúde digital e usar máscara.

O MP acusou os dois de delito simples à integridade física, punível com uma pena de prisão até três anos ou multa.

Em 10 de agosto, um residente, que ainda não tinha efetuado o teste à Covid-19 exigido pelas autoridades à população do território, realizado na sequência de quatro casos de Covid-19, foi acusado de ter insultado e atacado funcionários aduaneiros, tendo um destes sofrido lesões no rosto.

O MP acusou o residente de resistência e coação, danos e prejuízos agravados, crimes cuja moldura penal varia entre quatro meses e 15 dias a cinco anos de prisão, ou multa.

Os casos estão a ser investigados pelo gabinete do procurador-geral.

Em 03 de agosto, a identificação de quatro casos da variante Delta do novo coronavírus levou o Governo a alertar que o território estava “em risco de sofrer um surto” comunitário, desencadeando uma série de restrições em Macau, além da realização de uma operação de testagem maciça da população, em que todos os resultados foram negativos.

Com mais de 680 mil habitantes, Macau registou, desde o início da pandemia, 63 casos, dos quais 58 importados e cinco relacionados com casos importados.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.361.805 mortes em todo o mundo, entre mais de 207,19 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.573 pessoas e foram registados 1.004.470 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

LUSA/HN

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