O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês), numa declaração conjunta com os principais especialistas médicos da Administração Biden.
Antes deste processo poder começar, a terceira dose das vacinas Pfizer e Moderna deve ser aprovada pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês), a agência responsável pela aprovação dos fármacos, e por um comité científico do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).
O governo explicou que tomou esta decisão após ter concluído que a eficácia das vacinas diminui com o tempo após a toma das primeiras doses.
“Os dados disponíveis tornam muito claro que a proteção contra a infeção pelos SARS-CoV-2 começa a diminuir após as doses iniciais das vacinas, e em associação com a predominância da variante Delta, estamos a começar a ver provas de uma redução da proteção contra a doença leve e moderada”, indicou.
Os primeiros a receber a terceira injeção serão as pessoas que tomaram as primeiras vacinas nos EUA, ou seja, os profissionais de saúde e os idosos que residem em lares.
As autoridades dos EUA anteciparam também que as pessoas que receberam a dose única da Johnson & Johnson (vacina da Janssen) podem precisar de receber uma dose adicional.
Além disso, observaram também que esse fármaco só começou a ser administrado nos EUA em março de 2021 (o da Pfizer foi o primeiro a ser aprovado e administrado em dezembro) e estão à espera de receber mais dados sobre esta vacina nas próximas semanas para decidir se essa dose adicional é necessária.
Atualmente, há três vacinas licenciadas para a utilização de emergência nos Estados Unidos: as da Pfizer e Moderna, que requerem duas doses, e a dose única da Janssen.
A PFizer e a Moderna utilizam tecnologia mRNA, que é uma espécie de código que a vacina fornece às células.
Esse código serve como manual de instrução para o sistema imunitário do vacinado aprender a reconhecer o novo coronavírus e atacá-lo.
Fármacos como o da Janssen utilizam um adenovírus, que é um vírus “inativo” que envia instruções ao corpo da pessoa vacinada para combater a doença Covid-19.
Os Estados Unidos da América (EUA) continuam a ser o país mais afetado a nível global, tanto em número de mortos como de casos, com um total de 623.322 mortes entre 37.017.859 casos recenseados, segundo a contagem da universidade norte-americana Johns Hopkins.
A Covid-19 provocou pelo menos 4.381.911 mortes em todo o mundo, entre mais de 208,5 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
LUSA/HN
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