A cidade de Nova Iorque, onde as aulas vão começar em 13 de setembro, representa o maior sistema escolar dos Estados Unidos da América (EUA) ao integrar cerca de um milhão de estudantes.
Inicialmente, as autoridades de Nova Iorque anunciaram que os professores, à semelhança dos outros funcionários públicos da cidade, tinham de tomar a vacina anti-covid-19 ou teriam de efetuar testes de diagnóstico semanalmente.
As novas diretrizes anunciadas marcam um endurecimento da estratégia da autarquia de Nova Iorque, uma vez que exige a vacinação, sem propor qualquer opção, a este amplo grupo de profissionais.
Na sexta-feira, o presidente da câmara de Nova Iorque, o democrata Bill de Blasio, já tinha anunciado que os treinadores e os estudantes praticantes de futebol, basquetebol e de outros desportos escolares classificados de “alto risco” teriam de ser vacinados antes do início das competições.
Cerca de 148 mil funcionários do sistema escolar de Nova Iorque, bem como os contratados que trabalham nas escolas, terão de ser inoculados pelo menos com a primeira dose da vacina anti-covid-19 até 27 de setembro, de acordo com Bill de Blasio.
A autarquia de Nova Iorque não esclareceu, até ao momento, qual será a penalização em caso de recusa ou se existem exceções.
As anteriores diretrizes – vacina ou teste semanal – previam suspensões não remuneradas para os funcionários que não cumprissem os requisitos estabelecidos.
Pelo menos 63% dos funcionários do sistema escolar de Nova Iorque já foram vacinados, percentagem que, segundo referiu a agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP), não inclui aquelas pessoas que possam ter sido vacinadas fora da cidade.
O Departamento de Educação da cidade de Nova Iorque anunciou, entretanto, que está a discutir as novas diretrizes com os sindicatos que representam os professores e os outros funcionários escolares.
Este anúncio surge numa altura em que Nova Iorque – a par de outras cidades e de outros estados do território norte-americano – tenta travar a propagação da variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2, identificada como mais transmissível e mais resistente, e procura exercer pressão para ter mais pessoas vacinadas.
E ocorre no mesmo dia em que a agência federal norte-americana do medicamento, a FDA (Food and Drug Administration), deu a aprovação total à vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19.
A vacina tinha, até ao momento, uma autorização de uso de emergência.
A Covid-19 provocou pelo menos 4.430.846 mortes em todo o mundo, entre mais de 211,7 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Os EUA continuam a ser o país mais afetado a nível global, tanto em número de mortos como de casos, com um total de 628.503 mortes entre 37.709.970 casos recenseados, segundo a contagem da universidade norte-americana Johns Hopkins.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
LUSA/HN
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