A empresa está a “avaliar” a possível instalação de fábricas nestes dois países para “apoiar o fornecimento de vacinas aos Estados-membros da União Africana (UA)”, segundo um comunicado citado pela agência France-Presse (AFP).
A decisão surge após uma recomendação nesse sentido feita pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).
O diretor e cofundador da BioNTech, Ugur Sahin, disse estar “confiante” após uma reunião sobre o assunto realizada em Berlim e que o início destas instalações pode acontecer “em qualquer momento do próximo ano”.
“A BioNTech reafirma o seu compromisso de produzir no continente africano as vacinas mRNA contra a malária e a tuberculose atualmente em desenvolvimento”, acrescentou a empresa, que se associou à norte-americana Pfizer para a produção de uma vacina contra a Covid-19.
A empresa, sediada em Mogúncia, na Alemanha Ocidental, disse no final de junho que planeava aplicar a tecnologia de mRNA ao combate contra a malária, com ensaios clínicos a começar no próximo ano.
Causada por um parasita transmitido por mosquitos, a malária continua a ser uma doença infeciosa temida – em particular em África – causando cerca de 400 mil mortes por ano.
O anúncio foi saudado pelos chefes de Estado de Senegal e Ruanda.
O Presidente senegalês, Macky Sall, falou num “dia histórico na luta pelo acesso às vacinas”, enquanto o homólogo ruandês, Paul Kagame, saudou a iniciativa e a “visão” da BioNTech de estabelecer a produção em África.
Atualmente, apenas cerca de 1% das vacinas utilizadas em África são fabricadas no continente.
A UA pretende aumentar esta relação para 60% até 2040.
LUSA/HN
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