Guiné-Bissau decreta recolher obrigatório para conter contágios

27 de Agosto 2021

O Governo da Guiné-Bissau decretou esta quinta-feira um recolher obrigatório das 19:59 até às 05:00 e ainda anunciou cerca sanitária para Bissau, Prabis e Safim, para conter o alastramento de casos de infeção pelo novo coronavírus.

As medidas foram anunciadas num decreto do Governo e justificadas com o aumento de casos de infeção que só numa semana ascenderam a 1.500, correspondendo a 27% de todos os casos desde que o Covid-19 foi declarado na Guiné-Bissau em março de 2020.

O documento assinala que entre os dias 16 a 22 de agosto morreram 13 pessoas em consequência de infeção pelo vírus SARS-Cov-2, o que representa 33% de todas as mortes registadas no país até aqui.

O Governo decidiu declarar o estado de calamidade pública durante 15 dias e avançar com medidas de restrições de liberdades dos cidadãos, de 27 de agosto a 10 de setembro, nomeadamente a cerca sanitária às localidades de Bissau, Safim e Prabis e limitação de horário de circulação na via pública.

“Salvo para os assuntos de urgência sanitária ou de viagem aérea, marítima ou terrestre para o estrangeiro, a circulação de pessoas nas ruas e vias públicas só é permitida das 05:00 às 19:59 horas”, refere o decreto do Governo.

As pessoas que tiveram que se deslocar por necessidade de viagem estão sujeitos à apresentação de testes negativos à Covid-19 emitidos por laboratórios certificados, salienta ainda o decreto.

As pessoas não podem circular para além das suas regiões de residência.

O não cumprimento destas recomendações acarreta o pagamento de coima no valor de cinco mil francos CFA.

Mesmo com o estado de calamidade, as fronteiras da Guiné-Bissau vão estar abertas e os passageiros terão que apresentar certificados de teste negativo à Covid-19, esclarece o decreto do Governo.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Um terço dos portugueses desconhece direito a segunda opinião médica

Trinta por cento dos cidadãos inquiridos num estudo pioneiro não sabem que podem solicitar uma segunda opinião médica. O desconhecimento dos direitos na saúde é particularmente preocupante entre doentes crónicos, que são quem mais necessita de navegar no sistema

Internamentos sociais disparam 83% em dois anos e custam 95 milhões ao SNS

A taxa de internamentos considerados inapropriados – situações que poderiam ser tratadas em ambiente não hospitalar – cresceu quase 20% nos últimos dois anos. Os custos associados a estas permanências dispararam 83%, pressionando a sustentabilidade financeira do sistema de saúde e revelando falhas na articulação com a rede social

Quase 15% dos utentes continuam sem médico de família atribuído no SNS

Apesar de uma ligeira melhoria em 2024, 14,5% dos utentes inscritos nos cuidados de saúde primários continuam sem médico de família atribuído. As assimetrias regionais são gritantes, com Lisboa e Vale do Tejo a concentrar a maior fatia desta carência, levantando sérias questões sobre a equidade no acesso à saúde

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights