CDS considera “elementar” fim da obrigatoriedade do uso da máscara

7 de Setembro 2021

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, disse esta terça-feira concordar “integralmente” com o fim da obrigatoriedade do uso da máscara na rua, considerando “elementar” que, depois de sucessivos adiamentos, a circulação possa fazer-se “livremente”.

“Concordo integralmente com o levantamento do uso de máscara”, afirmou o líder centrista à margem de uma visita 56.ª edição da Capital do Móvel, que decorre até 12 de setembro, na Alfândega do Porto.

Para Francisco Rodrigues dos Santos, parece “elementar” que as pessoas possam ter algumas “benesses para circular livremente e não ter de usara mascara em espaços públicos” após sucessivos adiamentos da decisão de levantamento desta restrição.

“Ao início eram duas semanas para achatar a curva, depois era um mês para conseguirmos recuperar o estado de saúde do país, depois era até a vacina, depois era a imunidade de grupo, e estamos sempre a adiar, a adiar, a libertação da nossa economia e atribuir um passaporte às pessoas que conquistaram o seu direito a viver, parece-nos elementar”, defendeu.

Na segunda-feira, fonte da bancada parlamentar do PS disse à Lusa que o partido não vai propor no parlamento a renovação da obrigatoriedade do uso de máscara nos espaços públicos exteriores, diploma cuja vigência cessa no próximo dia 12.

No mesmo dia, em declarações à TSF, o presidente do Grupo Parlamentar do PSD, Adão Silva, afirmou que só um agravamento súbito da pandemia da Covid-19 nos próximos dias impediria os sociais-democratas de defender o fim das máscaras na rua.

A questão da renovação ou não da obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços públicos exteriores é um dos assuntos que poderá ser objeto de análise na próxima quarta-feira, durante a reunião da conferência de líderes parlamentares, a qual fixará os primeiros agendamentos da nova sessão legislativa.

O diploma que se encontra em vigor sobre obrigatoriedade do uso de máscara em espaços públicos foi promulgado pelo Presidente da República em 11 de junho, por um período de 90 dias.

Na Assembleia da República, este diploma foi aprovado na generalidade, especialidade e votação final global com votos contra do Chega e da Iniciativa Liberal, abstenção do BE, PCP, PAN e Verdes e deputada não inscrita Joacine Katar Moreira, tendo contado com votos favoráveis do PS, do PSD, do CDS-PP e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues.

Nesta terceira renovação do diploma, o PS foi o autor do projeto-lei, ao contrário das duas vezes anteriores, em que a iniciativa tinha partido do PSD.

LUSA/HN

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