A medida foi anunciada no Parlamento na sequência de um parecer teste sentido dado por especialistas, apesar de Organização Mundial da Saúde (OMS) ter pedido aos países ricos para adiarem as doses de reforço até que todos os países tenham vacinado pelo menos 40% de suas populações.
O Comité Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI) argumenta que o reforço da imunização é necessário para garantir que as pessoas vulneráveis estejam protegidas contra o SARS-Cov-2 porque os estudos mostraram que a imunidade oferecida pelas vacinas enfraquece lentamente ao longo do tempo.
O organismo que aconselha o governo sobre a campanha de vacinação recomenda que, preferivelmente, seja usada a vacina Pfizer ou, em alternativa, uma meia dose da vacina Moderna.
Segundo o subdiretor geral de Saúde de Inglaterra, Jonathan Van-Tam, as autoridades estimam que as vacinas evitaram até agora cerca de 24 milhões de casos de Covid-19 e 112.000 mortes no país.
“As estatísticas mais recentes do ONS [instituto de estatísticas britânico] mostram que quase 99% das mortes de covid-19 no primeiro semestre deste ano foram de pessoas que não receberam as duas doses da vacina Covid-19. Isso mostra a importância do nosso programa de vacinação”, vincou o ministro da Saúde, Sajid Javid.
O primeiro-ministro, Boris Johnson, vai apresentar esta tarde em detalhe o plano do Governo para combater a pandemia nos próximos meses do outono e inverno.
Na sua intervenção no Parlamento, Sajid Javid adiantou que o objetivo é evitar “restrições sociais e económicas rigorosas”, uma referência aos confinamentos declarados anteriormente.
Outras medidas incluem o incentivo à sociabilização ao ar livre, uso de máscaras em espaços fechados, controlos nas viagens do estrangeiro
Adiantou ainda que “é muito provável” que os profissionais de saúde que lidam com pacientes sejam obrigados a receber a vacinação, algo que atualmente só é exigido aos cuidadores em residências para idosos
No caso de a pandemia se agravar, Javid garantiu que o Executivo tem um plano B, que inclui pedir à população mais cautela, tornar de novo obrigatório o uso de máscaras, introduzir passes sanitários e decretar o teletrabalho.
O país, que suspendeu a maioria das restrições, regista atualmente em média 30.000 novos casos por dia de Covid-19 e cerca de 1.000 hospitalizações devido à Covid-19.
LUSA/HN
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