“Nós já vimos a descer desde a semana depois das restrições severas à circulação das pessoas. Já a partir dessa altura, nós começamos a descer. Conseguimos de facto controlar vários focos de infeção e transmissão ao mesmo tempo”, disse a médica guineense, quando questionada sobre a diminuição dos novos casos e mortes por Covid-19 no país.
Para a alta comissária, as “medidas foram muito duras, mas necessárias”, devido à elevada mortalidade e transmissão acelerada, que se registou em julho e agosto, quando o Governo guineense chegou a impor o recolher obrigatório.
“É verdade também que quantos menos testes se fazem, menos casos se apanham e com a greve que está a lavrar no setor da saúde temos feito menos testes, porque a maior parte dos testes são feitos nas unidades de saúde, contrariamente ao que as pessoas pensam”, afirmou.
A Guiné-Bissau registou na última semana, entre 27 de setembro e 02 de outubro, nove novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 e não registou vítimas mortais.
Os últimos dados do Alto Comissariado contra a Covid-19 indicam que a Guiné-Bissau regista um total acumulado de 6.112 casos e 135 vítimas mortais.
Questionado sobre o processo de vacinação em curso no país, Magda Robalo disse que os guineenses aderiram “imenso” à vacinação durante a fase forte da terceira vaga.
“Houve uma associação clara entre a doença e a morte. As pessoas afluíram bastante, mas diminuiu agora”, disse.
O Alto Comissariado vai lançar brevemente uma campanha de vacinação contra a Covid-19, que vai ter a duração de 10 dias, e que pretende atingir todos os guineenses com 18 ou mais anos.
“A campanha vai levar a vacina até ao último reduto da Guiné-Bissau, ao guineense mais distante. Estamos a finalizar os detalhes e a mobilizar os financiamentos necessários. É uma operação que vai custar um milhão de euros e tem de ser bem planeada para ser bem executada”, explicou.
LUSA/HN
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