De acordo com o município de Huntington Beach, apareceram vários pássaros e peixes mortos, alguns com vestígios de petróleo, junto às praias, que foram encerradas pelas autoridades, pedindo aos residentes para se manterem afastados da água poluída.
As praias podem permanecer fechadas “por semanas ou até meses”, alertou a presidente da câmara, Kim Carr, que receia uma “potencial catástrofe ecológica” na região.
Entrevistados pela imprensa local, citados pela agência de notícias AFP, muitos habitantes reclamaram o forte cheiro de betume a flutuar no mar.
Um total de 24 quilómetros de praias entre Huntington Beach e Laguna Beach (mais a sul), foram encerradas ao publico e a pesca foi proibida devido ao derrame de crude.
Acredita-se que terá acontecido devido ao despejo de um oleoduto junto da costa californiana.
A empresa do estado do Texas Amplify Energy, que opera o oleoduto através da sua subsidiária Beta Offshore, adiantou em comunicado que alertou a guarda costeira no sábado sobre a presença de uma mancha iridescente e iniciou a sua atuação em caso de despejo de petróleo.
A empresa “enviou uma viatura de controlo remoto para investigar e tentar confirmar a origem do despejo”, lê-se no comunicado hoje divulgado.
“Como medida de precaução”, a Amplify Energy fechou todos os seus locais de produção e oleodutos na área.
Já o município de Huntington Beach garantiu que fará com que a Amplify Energy faça “todo o possível para reparar a catástrofe ambiental”.
A guarda costeira, que está a supervisionar as operações de resgate, mobilizou muitas embarcações de controlo de poluição.
Cerca de 12 mil litros de petróleo foram extraídos da água na noite de domingo e 1.600 metros de barreiras flutuantes inseridas para conter a mancha, segundo a guarda costeira.
As autoridades e as associações ambientais mostraram-se particularmente preocupadas com o impacto do derrame nas muitas reservas ecológicas localizadas na orla e nas zonas húmidas ao longo costa.
A catástrofe já reacendeu o debate sobre a presença de plataformas de petróleo e oleodutos junto à costa do sul da Califórnia.
LUSA/HN
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