O acordo permite resolver dívidas recíprocas que rondavam quase os cinco milhões de euros, no global, sendo que o documento “põe fim à situação e limpa o balanço”, afirmou aos jornalistas o presidente do CHUC, Carlos Santos, no final da cerimónia, que decorreu na Universidade de Coimbra.
Segundo o responsável, este era um problema que já tinha mais de 30 anos, sendo que os valores devidos entre as duas instituições “eram valores próximos”.
“O acordo prevê o acerto de contas e que os passivos sejam declarados prescritos e os direitos de crédito sejam anulados”, assegurando também o compromisso das duas instituições da cidade de respeitarem os prazos de pagamento assumidos a qualquer fornecedor, explicou Carlos Santos.
De acordo com o presidente do CHUC, esta situação “só estava a prejudicar a avaliação de desempenho das duas instituições”, sendo que o acordo permite também aprofundar a relação entre a UC e os Hospitais de Coimbra, nomeadamente a partir do projeto Centro Académico Clínico de Coimbra, consórcio que junta as duas entidades.
O reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, salientou que este acordo é “um passo muito importante que retira mais de 30 anos de alguma conflitualidade” entre os serviços financeiros das duas instituições.
“Este encontro de contas permite-nos limpar esse passado. […] Este momento é um tempo novo”, frisou, perspetivando uma relação mais forte entre UC e CHUC e uma maior facilidade para abraçarem projetos conjuntos.
Questionado no final pelos jornalistas, Carlos Santos escusou-se a adiantar mais informações relativamente ao futuro da nova maternidade de Coimbra.
Já Amílcar Falcão reafirmou a vontade de a Universidade de Coimbra aproveitar o edifício da Maternidade Daniel de Matos (que é propriedade da instituição do ensino superior) para residência universitária, assim que esta feche, após a criação da nova maternidade.
LUSA/HN
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