AHA faz declaração científica sobre perda de peso para tratamento da hipertensão

7 de Outubro 2021

Novas guidelines enfatizam as abordagens baseadas em padrões dietéticos para a gestão do peso, em vez de focar grupos de alimentos e nutrientes individualmente. Quando as intervenções baseadas no estilo de vida são insuficientes, os médicos poderão considerar a farmacoterapia e as intervenções cirúrgicas para a gestão da hipertensão da obesidade, de acordo com uma declaração científica publicada na “Hypertension”.

Novas guidelines enfatizam as abordagens baseadas em padrões dietéticos para a gestão do peso, em vez de focar grupos de alimentos e nutrientes individualmente. Quando as intervenções baseadas no estilo de vida são insuficientes, os médicos poderão considerar a farmacoterapia e as intervenções cirúrgicas para a gestão da hipertensão da obesidade, de acordo com uma declaração científica publicada na “Hypertension”.

A declaração apoiada pela Associação Americana do Coração (AHA) – liderada pelos Conselhos de Hipertensão, Arteriosclerose, Trombose, AVC,  Biologia Vascular, Estilo de Vida e Saúde Cardiometabólica – faz uma revisão

das estratégias de perda de peso para a prevenção e tratamento da hipertensão. De acordo com dados recentes, mais de 45% dos adultos norte-americanos vivem com hipertensão, o que faz com que esta questão seja crucial.

“A hipertensão é uma das principais causas de aumento da mortalidade, doenças renais crónicas e doenças cardiovasculares”, referem os autores. “O aumento do peso corporal e a obesidade são fatores de risco importantes para a hipertensão e ocorrem frequentemente em simultâneo com a hipertensão. Assim, as estratégias intencionais de perda de peso representam alvos ideais para reduzir o risco de doenças crónicas e mortalidade em indivíduos com excesso de peso/obesidade e hipertensão”.

A declaração científica começa com uma revisão do impacto da hipertensão específica da obesidade, incluindo os danos dos órgãos-alvo, tais como o coração, rins e cérebro. Os autores citam evidências recentes de um estudo de coorte em larga escala que demonstrou uma “clara relação dose-resposta” entre adiposidade e insuficiência cardíaca, doença coronária e acidente vascular cerebral.

“A perda de peso alcançada através de alterações alimentares e aumento da atividade física são as pedras angulares do tratamento da hipertensão que está relacionada com o excesso de peso”, referiu Michael Hall, diretor da Divisão para as Doenças Cardiovasculares do Centro Médico da Universidade do Mississippi, em Jackson. “No entanto, estes comportamentos relacionados com o estilo de vida não são muitas vezes sustentdos ao longo do tempo. Esta declaração científica sugere estratégias médicas e cirúrgicas que podem ajudar a melhorar o peso e a pressão arterial a longo prazo, aliadas a uma dieta saudável e atividade física”.

A obesidade conduz à expansão do volume do fluido extracelular e ao aumento do fluxo sanguíneo em numerosos tecidos, o que por sua vez provoca aumentos no retorno venoso e no débito cardíaco. A reabsorção renal tubular do sódio também ocorre, devido a um elevado fluxo sanguíneo renal e taxa de filtração glomerular durante o desenvolvimento da obesidade. Três fatores principais – ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, ativação do sistema nervoso simpático, e compressão renal via visceral, retroperitoneal, e gordura do seio renal – contribuem para o aumento da reabsorção do sódio.

Obesity leads to both extracellular fluid volume expansion and increased blood flow in numerous tissues, which in turn causes increases in venous return and cardiac output. Renal tubular sodium reabsorption also occurs, due to elevated renal blood flow and glomerular filtration rate during obesity development. Three major factors— renin angiotensin-aldosterone activation, sympathetic nervous system activation, and kidney compression via visceral, retroperitoneal, and renal sinus fat—all contribute to increased sodium reabsorption.

A obesidade visceral também tem sido relacionada com uma resposta inflamatória no tecido adiposo e nos órgãos, devido à ativação de macrófagos residentes, infiltração de macrófagos, e secreção pró-inflamatória de citocinas. Há evidência de que várias perturbações inflamatórias e metabólicas crónicas em pessoas com obesidade interagem com a hipertensão e causam stress oxidativo, stress do retículo endoplasmático, e disfunção mitocondrial dos vasos sanguíneos, coração e rins.

Visceral obesity has also been tied to inflammatory response within adipose tissue and organs, due to the activation of resident macrophages, macrophage infiltration, and proinflammatory cytokine secretion. A number of chronic inflammatory and metabolic disorders in people with obesity have been shown to interact with elevated blood pressure and cause oxidative stress, endoplasmic reticulum stress, and blood vessel, heart, and kidney mitochondrial dysfunction.

NR/HN/Adelaide Oliveira

Mais informação:

Hall ME, Cohen JB, Ard JD, et al; for the American Heart Association Council on Hypertension; Council on Arteriosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology; Council on Lifestyle and Cardiometabolic Health; and Stroke Council. Weight-loss strategies for prevention and treatment of hypertension: A scientific statement from the American Heart Association. Hypertension. Published online September 20, 2021. doi:10.1161/HYP. 0000000000000202

2International Diabetes Federation Diabetes Atlas, 9th edition 2019: https://diabetesatlas.org/en/.

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