De acordo com as Previsões Económicas Mundiais, hoje divulgadas no âmbito dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, que decorrem esta semana, o crescimento negativo de Angola, estimado em 0,7% este ano, é a única contração nas economias lusófonas, que crescerão, em média, 2,5%.
A Guiné Equatorial, com 4,1%, é a economia lusófona que registará uma recuperação mais acentuada, ainda que o FMI estime que em 2022 regresse às contrações, enquanto Cabo Verde, com um crescimento de 4%, é o que sai melhor da quebra histórica de quase 15% registada no ano passado, devido aos efeitos da pandemia.
A Guiné-Bissau, com 3,3%, Moçambique, que crescerá 2,5%, e São Tomé e Príncipe, com 2,1%, completam o leque das economias lusófonas em recuperação, sendo que esta última é a única que conseguiu manter o crescimento durante a pandemia.
O FMI diz que São Tomé e Príncipe cresceu 3% no ano passado, ao contrário de todas as economias lusófonas, e estima uma expansão de 2,1% e 2,9% para este e o próximo ano.
A África subsaariana viu a estimativa de crescimento melhorada em 0,3 pontos este ano e piorada também em 0,3 pontos face à atualização das previsões de julho, significando que a retoma será mais lenta que o inicialmente previsto.
A confirmarem-se as previsões, esta região que engloba a maioria dos países lusófonos deverá acelerar, em 2022, face ao crescimento de 2019, ano em que registou uma expansão de 3,1%, seguida de de uma recessão de ,17% no ano passado por causa dos efeitos da pandemia de covid-19.
O FMI reviu hoje em baixa as previsões para o crescimento económico mundial em 2021 numa décima, passando-as para 5,9%, quando previa 6,0% em julho, foi hoje divulgado.
Para 2022, a previsão de julho mantém-se inalterada, mas face às previsões de abril representa uma subida de 0,9 pontos percentuais (0,1 quanto a 2021).
“A recuperação mundial continua, mas o ímpeto enfraqueceu-se, estropiado pela pandemia. Fomentada pela variante Delta, o número de mortes registadas por Covid-19 cresceu cerca de cinco milhões e os riscos sanitários abundam, retendo um regresso completo à normalidade”, lê-se no texto das Previsões Económicas Mundiais, hoje divulgadas.
LUSA/HN
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