Casa Branca apresenta plano para vacinar 28M de crianças dos 5 aos 11 anos

20 de Outubro 2021

A Casa Branca anunciou esta quarta-feira que 28 milhões de crianças entre os 5 e os 11 anos poderão em breve levar a vacina da Covid-19 no pediatra, na farmácia local e talvez mesmo na escola.

Aguarda-se agora a autorização de administração da vacina Pfizer a essa faixa etária, prevendo-se reuniões dos reguladores federais nas próximas duas semanas para avaliar os benefícios de vacinar as crianças, após longos estudos para garantir a segurança das vacinas.

Horas após a aprovação formal – esperada para depois da reunião consultiva dos Centros para Prevenção e Controlo de Doenças (CDC) agendada para os dias 02 e 03 de novembro -, as doses começarão a ser enviadas para as entidades que farão a vacinação, juntamente com agulhas mais pequenas necessárias para inocular crianças pequenas, e, em apenas alguns dias, tudo estará a postos para iniciar essa fase da campanha em grande escala.

A Administração Biden indicou que a campanha nacional para alargar a proteção da vacinação à população escolar em nada se assemelhará ao início da campanha de vacinação dos Estados Unidos, há dez meses, quando a escassez de doses e problemas de capacidade de produção e de armazenamento se traduziram numa dolorosa espera para muitos cidadãos norte-americanos.

O país tem agora uma grande quantidade de doses da vacina da Pfizer para inocular os cerca de 28 milhões de crianças que em breve serão elegíveis, indicaram responsáveis da Casa Branca, que trabalham há meses para garantir a ampla disponibilidade de vacinas assim que houver aprovação dos reguladores.

Mais de 25.000 pediatras e fornecedores de cuidados primários já se inscreveram para administrar as vacinas contra a Covid-19 às crianças, referiu a Casa Branca, além de dezenas de milhares de farmácias que já estão a administrar as vacinas a adultos.

Centenas de clínicas em funcionamento em escolas e nas comunidades serão igualmente financiadas e apoiadas pela Agência de Gestão de Emergências Federais para ajudar a acelerar o processo de vacinação.

A Casa Branca prepara-se também para lançar uma campanha intensificada para esclarecer os pais e as crianças quanto à segurança das vacinas e a facilidade de levá-las.

Tal como aconteceu com a vacinação de adultos, a Administração acredita que interlocutores de confiança – professores, médicos e líderes comunitários – serão fundamentais para incentivar à vacinação.

Embora as crianças corram um risco menor do que as pessoas mais velhas de apresentar efeitos colaterais graves se forem infetadas com Covid-19, essas consequências graves podem ocorrer – e as autoridades sublinham que a vacinação não só reduz drasticamente as hipóteses de tal se verificar, como reduzirá a propagação da variante Delta, mais contagiosa, nas comunidades, contribuindo para que o país recupere mais rapidamente da pandemia.

A Administração observou ainda que as crianças que levarem a primeira dose no período de duas semanas após a esperada aprovação, no início de novembro, terão a vacinação completa na altura do Natal.

Os Estados Unidos adquiriram 65 milhões de doses da vacina pediátrica Pfizer – que se espera corresponder a um terço da dosagem inoculada a adultos e adolescentes -, de acordo com as autoridades.

Elas serão distribuídas em embalagens mais pequenas, de cerca de 100 doses cada, para que mais entidades possam administrá-las, e podem ser armazenadas por um período de até dez semanas a temperaturas de refrigeração normais.

Cerca de 219 milhões de cidadãos norte-americanos maiores de 12 anos – o que corresponde a 66% da população total – receberam uma dose da vacina contra a Covid-19 e quase 190 milhões têm a vacinação completa.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.910.200 mortes em todo o mundo, entre mais de 241.485.380 infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, com base em dados oficiais.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

LUSA/HN

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