“A ideia é tornar, através de uma solução digital, uma melhor qualidade de vida a pessoas que tenham uma idade mais avançada”, disse hoje o secretário da Saúde e Proteção Civil da Madeira, Pedro Ramos, no arranque oficial deste projeto denominado ‘SmartBear’.
Este projeto decorre em parceria com o Instituto de Novas Tecnologias da Universidade Nova, cujo responsável, o madeirense Ricardo Jardim Gonçalves, “pensou que a Madeira deveria ser o local de experiência piloto a nível do país”, disse Pedro Ramos.
O SmartBear visa “fornecer uma solução digital inteligente e personalizada para sustentar e apoiar um estilo de vida independente e saudável na comunidade idosa”, acrescentou.
Os promotores consideram que este objetivo pode ser atingido “através do desenvolvimento de uma plataforma inovadora com recurso a dispositivos médicos inteligentes e sensores ambientais contínuos, associados a fatores de risco clinicamente significativos em pessoas idosas com diversas comorbidades presentes”.
O governante madeirense destacou “o percurso que a Madeira iniciou na área da digitalização da saúde, através de uma série de plataformas e de equipamentos” para proceder a alguns estudos investigacionais, nomeadamente na área do envelhecimento.
O responsável apontou que esta experiência agora iniciada visa fazer “uma avaliação do uso do equipamento para as pessoas que têm distúrbios do equilíbrio”.
A aplicação desta plataforma pode vir a demonstrar “a sua aplicabilidade, eficácia, sustentabilidade e futuro benefício no âmbito dos cuidados de saúde primários”.
Pedro Ramos realçou que estes “projetos estão a ser realizados em Portugal, através da Madeira, mas também em França, Espanha, Itália, Grécia e Roménia”.
“Depois vamos ver qual o resultado desta análise que vai ser feita, para que todas estas plataformas e equipamentos possam estar ao dispor de uma população mais idosa e venham a contribuir para uma melhor qualidade de vida deste escalão etário”, complementou.
A informação divulgada pelo Governo Regional adianta que, na Região Autónoma da Madeira (RAM), este projeto é financiado pelo programa Horizon 2020 (na área da investigação e inovação) da União Europeia.
Os 100 pacientes do Serviço Regional de Saúde têm algumas doenças prevalentes, entre as quais a perda auditiva, doenças cardiovasculares, alterações cognitivas, ansiedade, depressão, distúrbios do equilíbrio e dor lombar crónica, aponta.
“Os equipamentos que estão agora a ser testados e continuarão a existir na região no futuro se as conclusões forem muito positivas para a qualidade de vida dos cidadãos”, vincou o secretário regional.
O governante destacou que o “período experimental [desta experiência-piloto] é até estar concluída a observação dos 100 pacientes”.
Neste momento, o Serviço Regional de Saúde tem selecionados 30 dos 100 pacientes a quem foi “solicitada” a participação, disse fonte do gabinete do secretário.
LUSA/HN
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