O anúncio feito na terça-feira da construção da nova maternidade nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) corresponde “a uma reivindicação e justa luta do Partido Socialista em Coimbra, desde há longos anos, por inadaptação das atuais maternidades em estruturas e recursos humanos”, afirmou hoje a concelhia, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
No entanto, o PS, que defendia a instalação da nova maternidade no Hospital dos Covões, manifestou “a sua preocupação por, após sucessivas propostas de implantação dentro do campus hospitalar dos HUC” pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), ter-se optado por “uma localização específica, sem a existência de projetos de arquitetura ou de qualquer pedido de licenciamento para a sua implantação ou revalorização urbana desse campus hospitalar”.
A decisão resume-se “à implantação de mais um edifício em zona urbana sobrecarregada, sem perspetivas de requalificação do campus do HUC, sem articulação com os estudos de acessibilidade e mobilidade para a Praceta Mota Pinto e ligação à circular interna e sem articulação concreta com o projeto MetroBus e respetiva paragem no interior do campus do HUC até ao Hospital Pediátrico”.
A concelhia salienta que não se conhece “qualquer reformulação dos espaços exteriores, designadamente ligações aéreas inter-edifícios e acessibilidade pedonal, viária e de estacionamento”.
Na nota de imprensa, o PS de Coimbra recorda que defendia a construção da nova maternidade no Hospital dos Covões, desde que este fosse “considerado e valorizado como hospital central”, tal como era até à fusão com os HUC, em 2011.
O anúncio de serviços complementares nos Covões, tal como foi feito na terça-feira, “não constitui a valorização de um verdadeiro hospital”, sustenta o PS, realçando que não ficam garantidos “os serviços de internamento especializados” ou um serviço de urgência polivalente.
A nova maternidade de Coimbra vai ser construída no polo dos Hospitais da Universidade, anunciou na terça-feira o presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Carlos Santos.
O presidente do CHUC espera que a maternidade possa ser inaugurada em dezembro de 2024.
A estimativa quanto ao custo de investimento será de 38 milhões de euros para a infraestrutura e 6,8 milhões de euros em equipamento, acrescentou.
LUSA/HN
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