Miqdad al-Qawasmi, 24 anos, é o que apresenta problemas mais graves de saúde entre os seis palestinianos detidos e que exigem a sua libertação da designada detenção administrativa, disse Anani Sarahneh, uma porta-voz do Clube de Prisioneiros Palestinianos.
A medida permite a Israel manter palestinianos detidos durante meses sem qualquer acusação.
Diversos grupos de direitos humanos afirmam que a detenção administrativa nega aos palestinianos o acesso ao seu processo, enquanto Israel argumenta que a medida é necessária para prender militantes suspeitos e evitar revelar dados dos serviços de inteligência que poderiam comprometer as fontes.
Um responsável médico israelita disse que Al-Qawasmi permanece no hospital Kaplan em Israel há um mês e foi transferido na terça-feira para os cuidados intensivos, onde continua a recusar alimentos, mas a ingerir água.
O médico descreveu a sua condição de “difícil, mas estável” e disse que o hospital não pode fornecer mais informações devido às leis em vigor.
O mesmo responsável não foi autorizado a efetuar um diagnóstico médico e falou sob anonimato, informou a agência noticiosa Associated Press (AP).
De acordo com o Clube de Prisioneiros Palestinianos, pelo menos outros quatro dos seis palestinianos em greve de fome estão a receber tratamento médico nos hospitais israelitas.
O grupo refere que as autoridades israelitas não forneceram indicações sobre a possibilidade de acederam aos pedidos dos prisioneiros.
A greve de fome é uma forma comum de protesto entre os prisioneiros palestinianos e nos últimos anos já motivou diversas concessões por parte das autoridades israelitas.
Em julho, um palestiniano foi libertado da custódia israelita e transferido para um hospital na Cisjordânia ocupada após mais de dois meses em greve de fome.
Na semana passada, 250 prisioneiros do grupo militante Jihad Islâmica iniciaram uma greve de fome em protesto contra a sua redistribuição por alas prisionais ocupadas por prisioneiros de outras fações.
Israel mantém detidos cerca de 4.650 palestinianos, desde militantes condenados por ataques mortíferos contra israelitas até adolescentes que lançaram pedras contra as tropas israelitas.
A tensão nas prisões israelitas mantém-se elevada desde a fuga em setembro de uma prisão de alta segurança de seis detidos palestinianos, através de um túnel.
Os seis homens acabaram por ser recapturados.
LUSA/HN
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