O projeto denominado por “Pick yoUR bRain” desenvolvido por Irina Moreira, Nícia Ferreira, Miguel Machoqueiro e Rita Melo, investigadores da Universidade de Coimbra (UC), consiste numa plataforma tecnológica que tem como função “detetar novos alvos moleculares, portanto os novos alvos terapêuticos para as doenças neurológicas associadas ao envelhecimento”.
A plataforma é baseada em algoritmos de inteligência artificial desenvolvidos para previsão de novos alvos terapêuticos e clarificação do mecanismo biológico da doença.
“É preciso encontrar soluções inovadoras que de alguma maneira nos permitam uma velhice mais segura e com mais saúde”, disse a investigadora Irina Moreira.
Esta será uma plataforma dirigida para empresas farmacêuticas, pois permite reduzir eficazmente os custos de desenvolvimento de novos tratamentos para doenças neurológicas.
“As empresas farmacêuticas estão a fazer cada vez mais ‘outsourcing’ em empresas que sejam especializadas em determinados nichos de mercado e o que nós queremos é criar uma empresa desse género”, explicou.
Neste concurso foram também distinguidos os projetos “Termy.co” da Escola Superior Artística do Porto na categoria de “Recursos Naturais, Ambiente, Energia e Mobilidade Sustentável”, “All.iN” da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril na categoria de “Turismo, Indústrias Culturais e Criativas” e “Balvia Care” do Instituto Politécnico de Bragança na categoria “Inteligência Artificial e Tecnologias Avançadas de Produção”.
O projeto “Termy.co” tem como objetivo desenvolver materiais, à base da álcali-ativação de resíduos de mármore e granito, para o núcleo de painéis de fachada, com capacidade de otimizar o isolamento térmico global, reduzindo ao mesmo tempo os impactos da deposição dos resíduos.
Já o projeto “All.iN” consiste na venda de pacotes e serviços voltados para a área do turismo acessível e inclusivo, com foco em hospedagem.
“Balvia Care” é um projeto que visa ajudar os idosos na gestão de medicamentos e aumentar a adesão às prescrições médicas.
A solução passa pela criação de um dispensador de comprimidos, uma ’smart band’, aplicação móvel e ‘website’ e ainda um sistema inteligente na nuvem.
Estas quatro ideias de negócio ganharam acesso a um de aceleração em Ciência e Tecnologia com a duração de três meses, também da responsabilidade da ANI.
Estão previstas três edições (Norte, Centro e Alentejo) em que os participantes vão ter ao longo de três meses o acompanhamento próximo de uma rede de mentores, constituída por outros empreendedores, entidades parceiras da ANI, empresas, entre outros.
LUSA/HN
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