Indonésia é o primeiro país a aprovar nova vacina da norte-americana Novavax

1 de Novembro 2021

A farmacêutica Novavax anunciou esta segunda-feira que a Indonésia foi o primeiro país a aprovar a sua vacina contra a Covid-19, que usa uma tecnologia diferente e pode ser armazenada entre os 2 e os 8 graus.

“Esta primeira aprovação da vacina Covid-19 da Novavax ilustra o nosso compromisso com um acesso global equitativo, e irá preencher uma necessidade vital para a Indonésia, que apesar de ser a quarta nação mais populosa do mundo, continua a trabalhar para fornecer vacinas suficientes à sua população”, disse o diretor executivo da empresa, Stanley Erck, numa declaração citada pela agência francesa de notícias, a France-Presse.

A vacina será produzida pelo Instituto Serum da Índia e terá o nome comercial de Covovax, acrescenta-se no comunicado, que explica que a vacina utiliza uma tecnologia diferente das concorrentes amplamente aprovadas no mundo, ao basear-se em proteínas que desencadeiam uma resposta imunitária sem a presença do vírus.

A Covovax pode ser armazenada a uma temperatura entre os 2 e os 8 graus Celsius, o que deverá facilitar a sua distribuição, principalmente em países menos desenvolvidos.

As primeiras remessas devem começar a ser distribuídas “imediatamente”, afirma-se no comunicado, que acrescenta que a companhia norte-americana apresentou pedidos de autorização para introdução nos mercados do Canadá, Agência Europeia de Medicamentos, Reino Unido, Austrália e solicitou também autorização à Organização Mundial de Saúde.

Em junho, a Novavax divulgou os resultados dos ensaios clínicos a cerca de 30 mil pessoas nos Estados Unidos, apresentando uma taxa de 90,4% de eficácia contra a doença e 100% de eficácia contra casos graves a moderados.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.997.407 mortes em todo o mundo, entre mais de 246,62 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.167 pessoas e foram contabilizados 1.091.142 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

LUSA/HN

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