A pandemia atingiu duramente a economia dependente do turismo do país, que no ano passado registou os seus piores resultados desde a crise financeira asiática de 1997.
As autoridades tailandesas deram luz verde aos turistas vacinados de mais de 60 países “de baixo risco” para visitarem a Tailândia sem quarentena.
O aeroporto Suvarnabhumi de Banguecoque e o terminal internacional na cidade meridional de Phuket serão os primeiros a receber visitantes, com o resto do país a seguir o exemplo nos próximos dias.
Na véspera da reabertura, os vendedores de praia em Phuket aguardavam com expectativa o afluxo esperado.
A “caixa de areia” foi o nome dado ao programa piloto que permitiu a Phuket reabrir em julho passado aos turistas vacinados na condição de permanecerem na ilha durante uma quinzena antes de lhes ser permitido viajar para outro lugar na Tailândia.
Mas isto atraiu apenas 60.000 visitantes em quatro meses.
“A coisa mais importante em que o Governo e eu estamos a pensar neste momento é em voltar a normalizar o modo de vida das pessoas”, disse o primeiro-ministro, Prayut Chan-O-Cha, na sexta-feira.
O turismo é responsável por quase um quinto da economia e o impacto da pandemia alastrou a setores desde a restauração aos transportes.
O regresso dos turistas será gradual e as autoridades contam com 10 a 15 milhões de visitantes no próximo ano, ainda longe do recorde de 2019, com quase 40 milhões de visitantes.
A receita esperada para 2022 é de cerca de 30 mil milhões de dólares. “Em 2023, esperamos que as receitas estejam próximas do valor de 2019”, disse o ministro do Turismo, Pipat Ratchakitprakarn.
Mas a indústria é menos otimista, pois os turistas chineses, ainda sujeitos a uma quarentena rigorosa no seu regresso a casa, não deverão chegar a curto prazo.
Além disso, a Tailândia continua a registar cerca de 10.000 casos de Covid-19 por dia e apenas cerca de 40% da população recebeu duas doses da vacina. Em Banguecoque, a taxa é de 80%.
LUSA/HN
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