Patrícia Mamona quer medalha nos Mundiais de 2022 rumo a Paris2024

2 de Novembro 2021

A portuguesa Patrícia Mamona, vice-campeã olímpica no triplo salto, assumiu esta terça-feira a ambição de conquistar pela primeira vez uma medalha em campeonatos do mundo de atletismo, em 2022, num caminho para os Jogos Paris2024.

“Já estou supermotivada para Paris2024, porque o que fiz para mim não chega, quero sempre mais e melhor. Mas, este ano [2022], tenho os Mundiais, que são uma competição muito importante para mim, até porque nunca consegui uma medalha nessas competições”, afirmou a atleta do Sporting, na Web Summit, em Lisboa.

Patrícia Mamona participou na cimeira tecnológica numa conferência conjunta com o canoísta Fernando Pimenta, vice-campeão em K2 mil metros em Londres2012 e medalha de bronze em K1 mil em Tóquio2020, salientando o seu constante inconformismo.

“Estou sempre à procura de mais e melhor. Sinto que melhorei muito a minha parte mental, para conciliar com o meu estado de forma. Resultou para mim e fui muito feliz nos Jogos Olímpicos Tóquio2020”, vincou.

O calendário internacional de atletismo conta com Mundiais, entre 15 e 24 de julho, em Oregon, nos Estados Unidos, e Europeus, em Munique, na Alemanha, entre 16 e 21 de agosto, ambos ao ar livre, depois dos campeonatos do mundo em pista coberta, em Belgrado, entre 18 e 20 de março.

“Estas competições intercalares, como Mundiais e Europeus, fazem parte da preparação para os Jogos Olímpicos. Tenho de pensar no que é mais importante a cada momento, para, depois, quando começarem as competições, competir a alto nível e conseguir os objetivos. Paris2024 vai fazer-se assim, construindo, aos bocadinhos, para no dia, à hora certa, estar no meu pico de forma”, explicou.

A atleta, de 32 anos, admitiu a incapacidade de estabelecer uma marca como objetivo para essas competições, prometendo esforço para concretizar o objetivo de “conquistar uma medalha”.

“Posso garantir que vou dar o meu melhor, para fazer melhor do que já fiz, que foi 15,01 metros”, sublinhou.

Na conferência, sobre a força mental e o caminho para Tóquio2020, Mamona lamentou a “pouca sorte” de nunca ter alcançado uma medalha em Mundiais, nos quais tem como melhor resultado o quarto lugar alcançado na competição ‘indoor’, em 2014, em Sopot, na Polónia, e o oitavo, em 2018, em Doha, ao ar livre.

Mamona recordou o impacto sentido com o público na sua estreia olímpica, em Londres2012, mas também a cirurgia ao joelho a que foi submetida em 2017 e a infeção pelo novo coronavírus no ano passado, como alguns dos obstáculos que teve de superar na sua carreira.

“Às vezes, as adversidades que nos aparecem tornam-nos mais robustos. Temos de encarar as barreiras com positividade. Podes treinar o mais que puderes, mas se a cabeça não estiver no sítio, obviamente, a competição vai correr mal”, advertiu.

A Web Summit decorre entre até quinta-feira em Lisboa, em modo presencial, depois de a última edição ter sido ‘online’ e a organização espera cerca de 40 mil participantes, segundo revelou, em setembro, Paddy Cosgrave, presidente executivo da cimeira.

LUSA/HN

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