Em setembro, mês que antecedeu a entrega no parlamento da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), entretanto chumbada, foram entregues 69 pré-avisos de greve, contra 31 no mesmo mês de 2020.
De acordo com as estatísticas mensais da DGERT, este foi o mês de setembro com o maior número de pré-avisos de greve desde setembro de 2012, mês em que foram entregues 317 pré-avisos de greve em apenas um mês, em plena crise financeira e medidas de austeridade.
Dos 69 pré-avisos entregues em setembro, 66 eram referentes ao setor privado e três ao setor empresarial do Estado.
Os setores mais afetados foram os dos transportes e armazenagem, com 57% dos pré-avisos de greve em setembro, seguido das atividades financeiras e de seguros, com 12% do total.
Os dados da DGERT mostram ainda que, de janeiro a setembro, o número de pré-avisos de greve totalizou 469, um aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram entregues 398.
Apesar da subida, o número está longe do verificado no mesmo período de 2019, anterior à pandemia de Covid-19, quando foram entregues 688 pré-avisos de greve.
Os dados da DGERT mostram ainda que, do total de pedidos entregues nos primeiros nove meses do ano, 363 ocorreram no setor privado e 106 no setor empresarial do Estado.
LUSA/HN
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