Coreia e Nações Unidas apoiam saúde materna após ciclones em Moçambique

4 de Novembro 2021

A cooperação sul-coreana e as Nações Unidas vão formar prestadores de saúde do centro de Moçambique para lidar nas respetivas comunidades com emergências obstétricas, planeamento familiar e outros cuidados com grávidas e mães, muitas das quais adolescentes.

A Agência de Cooperação Internacional da Coreia (Koica) e o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) vão investir 7,4 milhões de euros no projeto até 2025, disse hoje fonte da iniciativa à Lusa.

O objetivo é beneficiar 500 mil mulheres e adolescentes em distritos fortemente afetados pelo ciclone Idai em 2019: Beira, Dondo, Nhamatanda e Buzi.

Nestas zonas, várias infraestruturas de saúde foram destruídas e a vulnerabilidade a catástrofes naturais mantém os riscos presentes, ano após ano.

O projeto pretende reforçar a resiliência comunitária e a capacidade local para gerir questões de saúde e reduzir o impacto de desastres naturais.

A falta de serviços agrava os riscos no país, um dos mais pobres do mundo e com uma alta taxa de fecundidade.

Em média, cada mulher moçambicana tem cinco filhos, sendo que a população total ronda os 30 milhões de habitantes, cerca de metade mulheres.

A contribuição da Koica é de seis milhões de euros com um cofinanciamento do FNUAP Moçambique de 1,4 milhões de euros.

O Fnuap vai implementar as atividades em parceria com o Ministério da Saúde, autoridades locais e organizações não-governamentais (ONG)

Na prática, vão ser formados funcionários de unidades sanitárias que lidam com saúde materno-infantil e, ao nível comunitário, ativistas e agentes de saúde que providenciam contracetivos.

“O pessoal é formado para se fortalecerem as capacidades e melhorar a qualidade na prestação de serviços de saúde materna e saúde sexual e reprodutiva, incluindo cuidados obstétricos de emergência”, sublinhou fonte do projeto.

Ao mesmo tempo, vão ser fornecidos conjuntos de material semelhantes aos que se usam em maternidades para as instalações de saúde e equipamento médico para locais onde a reabilitação é necessária.

Vão também ser formados provedores de serviços de planeamento familiar a nível comunitário para estar em contacto com as mulheres.

LUSA/HN

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