“A insulina sai à rua” leva ao Algarve mais de 40 iniciativas até fevereiro

14 de Novembro 2021

O Algarve vai receber durante dois meses mais de 40 iniciativas para assinalar os 100 anos da descoberta da insulina ao abrigo do programa “A insulina sai à rua”, que inclui manifestações artísticas e ações educativas dirigidas à comunidade.

Promovida pelo Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) em conjunto com 22 parceiros, a iniciativa visa “levar a insulina à casa das pessoas e à rua” pois, à exceção dos diabéticos, “as pessoas não têm ideia do que é injetar insulina”, refere a coordenadora do projeto.

Segundo Ana Lopes, diretora do serviço de Medicina 1 do CHUA, as iniciativas previstas na programação têm todas como pano de fundo a insulina e vão desde a realização de tertúlias e ‘webinars’, a ações nas escolas e manifestações artísticas, num programa que pretende aliar “a arte, a educação e a ciência”.

Além de realização de murais e de cartazes interativos com realidade aumentada alusivos à insulina, está prevista a criação de uma cápsula do tempo, para abrir daqui a 10 anos, com testemunhos de profissionais de saúde e doentes.

O programa, que terá atividades até fevereiro de 2022, inclui uma exposição itinerante acerca dos 100 anos daquela hormona e a realização de ações junto da comunidade escolar, nomeadamente, um teatro interativo e a criação de um livro gigante.

Para o público em geral, vai ser apresentado um teatro de fantoches, estando igualmente previstas ações informativas e de sensibilização destinadas ao público sénior, assim como ações formação dirigidas a professores.

A Unidade de Diabetologia do CHUA segue 900 doentes, 300 dos quais com diabetes 1. Por ano, a unidade faz 4.700 consultas, 600 a crianças.

Todas as atividades do programa “A insulina sai à rua” podem ser consultadas Aqui.

Um relatório da Organização Mundial de Saúde divulgado a propósito do Dia Mundial da Diabetes, que hoje se assinala, conclui que o elevado preço, a baixa disponibilidade, o controlo do mercado por poucos produtores e os fracos sistemas de saúde são as principais barreiras ao acesso universal à insulina.

A insulina é a base do tratamento da diabetes, transformando uma doença mortal numa doença controlável para nove milhões de pessoas com diabetes tipo 1.

Para mais de 60 milhões de pessoas que vivem com diabetes tipo 2, a insulina é essencial para reduzir o risco de insuficiência renal, cegueira e amputação de membros.

Segundo o mesmo relatório, a diabetes está a aumentar nos países menos desenvolvidos e o consumo de insulina não acompanhou o aumento da carga de doença.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Estudo revela impacto das diferenças de género na doença de Parkinson

Um estudo recente evidencia que as mulheres com Parkinson enfrentam subdiagnóstico e dificuldades no acesso a cuidados especializados. Diferenças hormonais, estigma e expectativas de género agravam a progressão da doença e comprometem a qualidade de vida destas pacientes.

ESEnfC acolhe estudantes europeus em programa inovador de decisão clínica

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) recebeu 40 estudantes e oito docentes de Espanha, Finlândia, Itália e Portugal para um programa intensivo sobre competências clínicas e tomada de decisão. O evento combinou atividades online e presenciais, promovendo inovação pedagógica

VéloPsiq: bicicletas no combate ao sedentarismo psiquiátrico

O Hospital de Cascais lançou o Projeto VéloPsiq, uma iniciativa pioneira que utiliza bicicletas ao ar livre para melhorar a saúde física e mental de pacientes psiquiátricos. Com apoio da Câmara Municipal e da Cascais Próxima, o projeto promove reabilitação cardiovascular e bem-estar.

Johnson & Johnson lança série de videocasts sobre cancro da próstata

A Johnson & Johnson Innovative Medicine Portugal lançou a série “Check Up dos Factos – À Conversa Sobre Cancro da Próstata”, um conjunto de quatro vídeocasts que reúne oncologistas e urologistas para discutir temas-chave como NHTs, terapias combinadas e estudos de vida real no CPmHS.

Ronaldo Sousa: “a metáfora da invasão biológica é uma arma contra os migrantes”

Em entrevista exclusiva ao Health News, o Professor Ronaldo Sousa, especialista em invasões biológicas da Universidade do Minho, alerta para os riscos de comparar migrações humanas com invasões biológicas. Ele destaca como essa retórica pode reforçar narrativas xenófobas e distorcer a perceção pública sobre migrantes, enfatizando a necessidade de uma abordagem interdisciplinar para políticas migratórias mais éticas

OMS alcança acordo de princípio sobre tratado pandémico

Os delegados dos Estados membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) chegaram este sábado, em Genebra, a um acordo de princípio sobre um texto destinado a reforçar a preparação e a resposta global a futuras pandemias.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights