“Este novo conjunto de ações que iremos imprimir nas próximas semanas visam, no fundo, reforçar um conjunto de mensagens referentes à proteção das pessoas, mas também criar condições para que haja uma ação mais concreta em alguns grupos-alvo, os mais vulneráveis”, afirmou Gonçalo Lopes.
Segundo o autarca, entre as iniciativas está o lançamento de uma campanha de sensibilização em diversos suportes, “para a necessidade e a importância da proteção individual e também para o sucesso do processo de vacinação”.
“Por outro lado, iremos assegurar a distribuição de máscaras aos grupos mais vulneráveis no centro de vacinação de Leiria, mas também aos grupos escolares e à área social, em especial aquelas que têm em funcionamento os respetivos lares”, adiantou, referindo que será distribuída “o equivalente a uma máscara por habitante” do concelho, que são cerca de 128 mil pessoas.
O presidente da Câmara de Leiria declarou que outra das medidas passa pela disponibilização de testes rápidos a lares de idosos, clubes desportivos e estabelecimentos de ensino.
Já quanto ao processo de vacinação, o município vai avançar com “a disponibilização de transporte a pedido para vacinar as pessoas que têm carência económica ou dificuldades de transporte e que sejam devidamente referenciadas pelas respetivas juntas de freguesia”, explicou Gonçalo Lopes.
O acompanhamento “com maior proximidade” das instituições particulares de solidariedade social através do Serviço de Proteção Civil, “para avaliar situações de prevenção no controlo da pandemia e rápidas respostas em caso de surto”, não só com a separação de utentes, mas com desinfeções desses espaços, é outra das ações contempladas neste novo pacote de medidas.
Sobre os eventos culturais municipais, como o “Leiria Natal”, o autarca garante a promoção de “ações de sensibilização”, para evitar aglomeração de pessoas, assegurando a distribuição de máscaras cirúrgicas nos locais de maior afluência.
Quanto ao setor económico, o autarca, que é também presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, apontou “um trabalho de sensibilização” na área comercial e “uma atenção especial” com os estabelecimentos com esplanadas, bares e espaços de diversão noturna, “reforçando em especial estes últimos para as necessidades de terem uma atitude preventiva, nomeadamente do uso da máscara”.
Notando que estes espaços “foram os últimos a desconfinar” e num eventual novo confinamento serão os primeiros a confinar, Gonçalo Lopes insistiu que estes têm de “ter uma atitude de prevenção e de exemplo” face à quinta vaga pandémica.
Para Gonçalo Lopes, o facto de Portugal ser o país “onde a percentagem de pessoas vacinadas é maior, é natural que exista uma maior liberdade nos contactos sociais e a retoma de muitas das coisas de que as pessoas estiveram privadas durante muito tempo no confinamento”.
O autarca alertou, contudo, para “o momento muito difícil que os hospitais em Portugal vão passar nas próximas semanas”, apelando para que a “utilização dos serviços de urgência” tenha um “critério muito elevado”.
O presidente do município defendeu, igualmente, que é necessário “ter memória” sobre o que o país passou em janeiro último.
“O início da época natalícia, o fim da escola, a passagem de ano foram os momentos que ditaram que Portugal, no início deste ano, fosse o pior país durante vários dias em termos de pandemia no mundo”, recordou.
De acordo com o último boletim da Comissão Distrital de Proteção Civil de Leiria, de 12 de novembro, o concelho de Leiria registou desde o início da pandemia, em março de 2020, 10.234 pessoas infetadas pelo novo coronavírus, tendo recuperado da doença 9.727.
No mesmo período morreram 174 pessoas, havendo 333 casos ativos (em 05 de novembro os casos ativos eram 247).
LUSA/HN
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