Do total de contágios, 13.355 foram contabilizados nas últimas 24 horas, números que confirmam uma queda consistente da pandemia no país sul-americano desde junho último.
Em relação ao número de mortes, o Brasil totaliza 612.370 vítimas mortais, sendo que 226 foram contabilizadas entre quinta-feira e hoje.
A média diária de óbitos ficou hoje em 268, o patamar mais baixo desde abril do ano passado.
De acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, a taxa de incidência da doença no Brasil, com 213 milhões de habitantes, é agora de 291 mortes e 10.470 casos por 100 mil habitantes.
A queda consistente registada nos últimos meses no país é atribuída ao avanço da campanha de vacinação, que na nação lusófona já atingiu 157,6 milhões de brasileiros com a primeira dose de algum dos imunizantes e 129,8 milhões com o esquema vacinal completo, segundo dados do Governo, que comemorou hoje o facto de ter distribuído mais de 360 milhões de doses pelas 27 unidades federativas do país.
“O Brasil tem vacina! São mais de 360 milhões de doses distribuídas para todos os entes federados. Com mais esse marco, a gente chega a um patamar em que podemos considerar que a Campanha de Vacinação contra a Covid-19 é a maior campanha da história que esse país já viu”, disse hoje o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, citado num comunicado oficial.
“Temos um cenário epidemiológico bem mais equilibrado em relação à pandemia de covid-19, e isso se deve à força do nosso Sistema Único de Saúde (SUS), eficiência das políticas públicas lideradas pelo Ministério da Saúde e, na ponta, pelos estados e municípios”, acrescentou Queiroga.
Contudo, apesar do avanço da imunização no Brasil, cerca de 21 milhões de pessoas não regressaram aos postos de saúde para tomar a segunda dose do antídoto.
Nesse sentido, a tutela da Saúde lançou a campanha “Mega Vacinação”, para tentar ampliar o número de brasileiros completamente vacinados, assim como aplicar a dose de reforço, e que consistirá na abertura de vários pontos de imunização em todo país durante o dia de sábado.
Apesar da tendência de queda nos casos, óbitos e taxas de ocupação hospitalar, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), centro de investigação médica de referência na América Latina e vinculado ao executivo brasileiro, alertou “que a doença ainda representa um grande desafio” e deu como exemplo o recrudescimento da pandemia em vários países europeus.
“A atual situação desses países europeus, que vêm sendo chamada de ‘pandemia dos não-vacinados’, tem servido de alerta para a questão do avanço da vacinação nessas nações em que parcelas da população não vacinada vêm apresentando um alto número de casos de covid-19”, indicou a Fundação no seu mais recente boletim epidemiológico.
“Definitivamente, a vacinação, descolada de outras recomendações não-farmacológicas, não será suficiente para determinar o fim da pandemia”, avaliaram os cientistas da Fiocruz, chamando a atenção para o abandono das ações preventivas no Brasil, especialmente do uso das máscaras e de medidas de distanciamento físico.
Segundo os cientistas, além de ser consequência da baixa adesão populacional, este cenário é “principalmente um reflexo do desincentivo dos governos nos diferentes níveis para a sua adoção”.
A covid-19 provocou pelo menos 5.130.627 mortes em todo o mundo, entre mais de 255,49 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
LUSA/NR/HN
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