“A extensão de saúde continua sem dar uma resposta eficaz aos utentes, já que a médica de família está ausente há cerca de 15 dias e ainda sem substituição prevista, mesmo após o município ter alertado que esta se encontrava em final de tempo de gravidez e que deveria ser acautelada a sua substituição”, afirma uma nota de imprensa da Câmara.
Lajeosa do Dão, esclarece o documento, é uma freguesia “com cerca de 1.900 habitantes”, ou seja, praticamente o mesmo número de utentes, já que tem “um nível de envelhecimento bastante elevado e bastante disperso geograficamente, que fica sem médico de família”.
O executivo municipal considera que “não há qualquer preocupação das entidades de tutela em acautelar as situações que atempadamente são referenciadas” pela autarquia, “como é o caso da falta de médicos de família em locais já por si desprovidos de outros recursos” uma vez que não é a primeira vez que acontece.
O executivo lembra que, “há cerca de um ano, o Município de Tondela, não sendo da sua responsabilidade, disponibilizou assistentes operacionais para as extensões de saúde do Caramulo e da Lajeosa do Dão, para garantir a abertura e o normal funcionamento” das estruturas.
Também em São João do Monte, “após uma longa luta para conseguir a reabertura desta extensão”, a Câmara “conseguiu a criação de um Balcão SNS 24 a funcionar no espaço” e o balanço, desde a implementação em maio, “evidencia a sua necessidade pelas utilizações que tem tido”.
Este balcão, continua a nota, “responde a parte das necessidades da população da União de Freguesias de São João do Monte e Mosteirinho, mas, mais uma vez, só foi possível instalar-se porque a responsabilidade financeira de uma assistente técnica, bem como do apetrechamento de todo este espaço, é da responsabilidade da autarquia” tondelense.
Face à situação atual, “a autarquia vai apelar, uma vez mais, às entidades competentes para que os problemas referentes à área da saúde sejam resolvidos” no concelho.
Assim, e aprovado em reunião do executivo, esta terça-feira, os responsáveis autárquicos “conscientes de que as estruturas locais não têm possibilidade de resolução destas questões” irão reportar a situação às entidades da tutela.
A Câmara vai enviar um ofício ao Agrupamento dos Centros de Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões, à Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro e à ministra da Saúde, manifestando “profundo desagrado e preocupação” para com as estruturas de saúde no concelho.
“Numa tentativa de que a situação seja objetivamente analisada e solucionada, pois as assimetrias do interior são por esta via fortemente acentuadas e não há estratégia que resulte ao nível da coesão territorial, enquanto as necessidades básicas das populações não estejam asseguradas”, justifica o executivo.
LUSA/HN
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