A Direção-Geral da Saúde e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge afirmam, num comunicado conjunto, que o relatório sobre a evolução da infeção VIH em Portugal com a atualização dos dados relativos a 2020 será divulgado até ao final de abril do próximo ano.
“Embora existam informações, recolhidas através da notificação clínica de casos e de outras fontes, sabe-se que não estão garantidas a abrangência e representatividade de dados que permitiria conhecer a dimensão e as características atuais da infeção, bem como compreender a sua evolução temporal”, afirmam no comunicado.
As autoridades de saúde explicam que a pandemia de Covid-19 em Portugal determinou “a necessidade de desenvolvimento, atualização e gestão de múltiplas ferramentas de monitorização das suas várias dimensões, o que resultou no desvio dos recursos disponíveis, à semelhança do que se verificou noutros setores envolvidos na resposta à pandemia” em Portugal e noutros países.
“A premência desta situação extraordinária sobrepôs-se às imprescindíveis atualizações e manutenção do sistema informático do VIH (SI.VIDA), o que impossibilitou a recolha atempada da informação necessária à elaboração do relatório”, sustentam.
Segundo a DGS e o INSA, “os indicadores em saúde valem acima de tudo por reproduzir fielmente a realidade”, adiantando que só assim é possível analisar o efeito das opções estratégicas e fundamentar a tomada de decisões.
“Nas atuais condições, com os dados disponíveis para os anos mais recentes, não existe essa garantia. Assim, entende-se não divulgar este ano a informação de progresso do VIH em Portugal, quer a nível nacional como internacional”, salientam.
O Programa Nacional para as Infeções Sexualmente Transmissíveis e Infeção pelo VIH reitera todo o seu empenho em garantir que o relatório seja disponibilizado até 30 de abril de 2022, para o que conta com o compromisso dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, em solucionar as disfuncionalidades atuais do programa informático SI.VIDA, essencial para a recolha, gestão e divulgação da realidade da epidemia VIH em Portugal.
LUSA/HN
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