As novas medidas foram tomadas após um encontro entre a chanceler cessante, Angela Merkel, o seu sucessor na liderança do país, Olaf Scholz, e os líderes dos 16 Estados federados alemães (designados como Länder).
O Governo alemão também confirmou que um projeto de lei sobre a vacinação obrigatória, que Scholz apoia, será submetido ao parlamento, para entrar em vigor em fevereiro ou março.
“A situação no nosso país é grave”, disse Merkel, classificando as novas medidas como um “ato de solidariedade nacional”.
A chanceler acrescentou que as autoridades regionais concordaram em exigir o uso de máscara nas escolas, impor novos limites às reuniões privadas e tentar aplicar 30 milhões de doses de vacinas até ao final do ano.
Cerca de 68,7% da população da Alemanha está totalmente vacinada, um valor muito abaixo do mínimo de 75% que o Governo alemão deseja conseguir.
O ainda ministro das Finanças, Olaf Scholz – que será designado como chanceler na próxima semana e irá liderar uma coligação governamental tripartida de centro-esquerda –, disse na terça-feira que apoia a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19.
O aumento de casos de Covid-19 na Alemanha, nas últimas semanas, e a chegada da nova variante Ómicron fizeram soar os alarmes na comunidade médica, que já alertou para o risco de sobrecarga dos hospitais nos próximos dias, a menos que sejam tomadas medidas drásticas.
O Governo alemão já admitiu que não vai ser fácil obter consensos sobre as medidas de restrição a nível nacional, uma vez que os 16 Länder são responsáveis por muitas das regulamentações na política sanitária.
A agência alemã de controlo de doenças, o Instituto Robert Koch, registou hoje 73.209 novos casos confirmados e reportou 388 mortes com Covid-19 no país.
A Covid-19 provocou pelo menos 5.223.072 mortes em todo o mundo, entre mais de 262,93 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP).
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
LUSA/HN
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