“Com base nas estimativas, sabemos que a prevalência desta variante ronda já os 20%, sabendo-se que poderá ser de 50% na semana do Natal e de 80% na semana do final do ano”, disse Marta Temido durante uma conferência de imprensa sobre a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal.
A ministra disse que as estimativas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) apontam para uma duplicação de casos da variante Ómicron a cada dois dia, sublinhando a “aparente menor gravidade da doença e consequente (menor) letalidade e a aparente diminuição da efetividade vacinal após o esquema primário conta a infeção”.
“Sendo a efetividade vacinal contra infeção sintomática após reforço vacinal estimada em 70 a 75%, as vacinas ainda têm o seu efeito protetor”, disse a ministra, apelando para a vacinação.
Marta Temido sublinhou a incerteza sobre o comportamento desta nova variante do coronavírus e afirmou que “os próximos dias serão decisivos para perceber o impacto da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 e da “resposta proporcional” aplicada com as medidas definidas pelo Governo.
“O que sabemos é que, se a variante se transmite mais, cada um tem de fazer mais. Mais uso de máscara, mais testes, mais vacinação e mais controlo de fronteiras. Todos temos de estar preparados para fazer mais”, afirmou.
Marta Temido frisou ainda que numa situação de subida de casos, mesmo que com menor gravidade, subirá também o volume de pessoas a precisar de internamento e os eventuais óbitos. “Neste contexto de incerteza, precisamos de cumprir com as lições aprendidas”, insistiu.
Apelando aos pais para se aconselharem com os médicos assistentes e inscreverem as crianças na vacinação contra a Covid-19, e às pessoas elegíveis para avançarem no processo de reforço da vacinação, a ministra pediu maior cuidado e testagem antes dos eventos associados ao natal e final do ano.
“É de evitar o mais possível os contactos sociais em espaços aglomerados”, disse a governante, sublinhando que o período de contenção (entre 02 e 09 de janeiro) definido pelo Governo “não pode ser visto como uma compensação, mas como um reforço do que todos somos chamados a fazer daqui até lá”.
LUSA/HN
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