Número de touradas mais do que duplicou este ano

17 de Dezembro 2021

O número de touradas mais do que duplicou este ano em relação a 2020, passando de 48 para 121 espetáculos, apesar de a pandemia de Covid-19 ter continuado a condicionar a atividade, divulgou esta sexta-feira a Federação Portuguesa de Tauromaquia (ProToiro).

Num comunicado enviado à agência Lusa, a ProToiro indica também que o público quase duplicou, passando de 93.400 espetadores em 2020 (ano em que a pandemia começou afetar a atividade) para 182.600 este ano.

“Estes resultados só foram possíveis perante a contribuição de todos os artistas e intervenientes, que se adaptaram a esta situação crítica, reduzindo cachets, permitindo a atividade do setor e o acesso dos portugueses à cultura tauromáquica”, pode ler-se na nota.

A ProToiro recorda também que a temporada tauromáquica este ano “continuou a ser profundamente marcada pela pandemia” de covid-19, com “fortes restrições” à sua atividade.

“As touradas só se puderam iniciar em maio, ao invés de fevereiro, mas sob fortes restrições de lotação e a conta-gotas. O grosso da atividade foi retomada em agosto, mantendo as lotações reduzidas, as lotações a 100% só foram possíveis em outubro, pouco antes do fim da temporada taurina em 13 de novembro”, recorda.

Segundo a Federação Portuguesa de Tauromaquia, perante as restrições, o “enorme crescimento” de espetáculos e espetadores é o dado “mais assinalável”, mostrando a “grande resiliência e vitalidade” deste setor face a uma das situações “mais críticas” da história do setor cultural.

Citado no comunicado, o presidente da ProToiro, João Santos Andrade, considera que este ano se caracterizou “por ser um reinício”, depois de em 2020 o setor ter sido “brutalmente afetado” pela pandemia de covid-19, com “prejuízos avultadíssimos” para os profissionais desta área.

“Apesar de uma temporada praticamente reduzida a três meses, toureiros, forcados, ganadeiros, empresários e principalmente aficionados disseram ‘presente’, mostrando assim o vigor da tauromaquia. Esperamos que o pior já tenha passado e que o próximo ano seja de retoma da normalidade”, acrescentou.

LUSA/HN

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