Na quinta-feira já não haverá vacinação em Coimbra, de forma a ser efetuada a mudança logística do Pavilhão Mário Mexia, onde esteve instalado nos últimos 10 meses, para o Pavilhão Universitário, na margem esquerda da cidade.
“Amanhã [quinta-feira] vamos ter de efetuar o processo de mudança logística, que não vai ser fácil”, explicou hoje aos jornalistas José Manuel Biscaia, diretor executivo do Agrupamento de Centros Saúde do Baixo Mondego (ACES).
O médico agradeceu a disponibilidade da Universidade de Coimbra “que muito rapidamente garantiu as condições para [o Centro] sair deste pavilhão e ter uma alternativa viável”.
De acordo com o responsável, a saída do Pavilhão Mário Mexia, propriedade do município de Coimbra, deve-se, “legitimamente, a obras ou a uma decisão de gestão do espaço que não se compadece com isto e, por isso, temos de alterar o sítio”.
“Felizmente, em Coimbra, não havendo espaços devolutos, a Universidade assumiu-se como nosso parceiro, também com alguns problemas, porque vai suspender e reorganizar algumas modalidades e atividades”, referiu.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, explicou que o pavilhão já era para ter entrado em obras há mais de um ano, mas que devido ao processo de vacinação tiveram de ser adiadas.
“No início deste outono também não foi possível iniciar as obras” devido ao reforço da vacinação, disse o autarca, referindo que a Câmara deu então um prazo, “com um pequeno período adicional”, para que a tutela encontrasse alternativas.
Salientando que esta situação tem “impedido as crianças de praticar desporto”, já que o Pavilhão Mário Mexia é o principal espaço desportivo da cidade, José Manuel Silva salientou que a mudança é uma questão de “preparação e de organização” do Ministério da Saúde, através da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).
“Estou satisfeito pelo Ministério ter encontrado uma alternativa”, acrescentou o autarca, que defende um processo descentralizado na administração das doses de reforço das vacinas contra a Covid-19 para os centros de saúde.
O presidente do município de Coimbra adiantou ainda que o Pavilhão Mário Mexia vai entrar em obras no início de janeiro do próximo ano.
Relativamente ao processo de vacinação na área de abrangência da ARSC, José Manuel Biscaia disse que estão vacinadas com a dose de reforço 84% das pessoas acima dos 80 anos, o que “é muito relevante”.
Segundo José Luís Biscaia, no caso da faixa etária entre os 65 e os 80 anos receberam a dose de reforço 74% dos elegíveis.
A partir de segunda-feira, o Centro de Vacinação de Coimbra vai continuar a funcionar os sete dias da semana, entre as 09:00 e as 17:00.
LUSA/HN
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