“Segundo os nossos especialistas, a Ómicron atingiu o seu pico sem se traduzir numa alteração significativa ou alarmante no número de hospitalizações”, disse na sexta-feira o ministro na presidência, Mondli Gungubele, garantindo que o governo se manterá vigilante a desenvolvimentos em contrário.
O recolher noturno obrigatório, em vigor há quase dois anos, foi reduzido para o horário entre a meia-noite às 4:00 da manhã, e na véspera das comemorações do Ano Novo foi levantado.
“A nossa esperança é que esse alívio [das medidas de contenção] continue”, disse o ministro durante uma conferência de imprensa virtual, acrescentando procurar “encontrar um equilíbrio entre a vida das pessoas, seu sustento e o objetivo de salvar vidas”, lembrando que a economia sul-africana continua fortemente afetada pela pandemia.
Mantendo a utilização de máscara, o distanciamento e o acelerar a vacinação – abaixo dos objetivos, com apenas 15,6 milhões de pessoas totalmente vacinadas para uma população de 59 milhões -, o ministro espera que “o toque de recolher obrigatório não volte nunca mais”.
Na noite de quinta-feira, a presidência anunciou que “todos os indicadores sugerem que o país provavelmente já ultrapassou o pico da quarta onda” da pandemia e que foi observado um “aumento marginal no número de mortes”.
O número de infeções, hospitalizações e óbitos continuarão a ser “acompanhados hora a hora e se observarmos uma diferença” na evolução, “iremos atuar em função imediatamente”, insistiu sexta-feira o ministro.
Os novos contágios caíram quase 30% na semana passada (89.781), em comparação com a semana anterior (127.753), e os internamentos hospitalares diminuíram em oito das nove províncias: “embora a variante ómicron seja altamente transmissível, as taxas de hospitalização foram mais baixas do que nas ondas anteriores”, disse a presidência.
A Ómicron, que tem um grande número de mutações levantando preocupações sobre a resistência à vacina, foi identificada pela primeira vez em Botswana e na África do Sul no final de novembro.
A variante rapidamente se tornou dominante na África do Sul, causando um aumento exponencial no número de contaminações para mais de 26.000 casos diários em meados de dezembro, de acordo com estatísticas oficiais.
A África do Sul é o país africano oficialmente mais afetado, com mais de 3,4 milhões de casos e 91 mil mortes.
LUSA/HN
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