Segundo a mesma fonte, o social-democrata Luís Garcia alertou os líderes parlamentares para a necessidade de reforço das medidas de prevenção contra o novo coronavírus, perante o aumento gradual de novos casos de infeção que se tem registado no arquipélago nas últimas semanas.
As recomendações do presidente da Assembleia Legislativa Regional surgem na sequência de uma carta enviada a Luís Garcia pelo deputado independente Carlos Furtado (ex-líder parlamentar do Chega), que sugeria que o plenário de janeiro do parlamento açoriano, agendado para a próxima semana, se realizasse por meios telemáticos e não de forma presencial.
“Considerando que os níveis de contágio do vírus SARS-CoV-2 têm apresentado números preocupantes […], considerando os constrangimentos que se verificam na sociedade, por imposições das autoridades sanitárias […], sou do entender que a realização do plenário do mês de janeiro dever-se-á realizar por meios telemáticos”, refere na carta enviada
Apesar disso, a conferência de líderes, que integra o presidente do parlamento, os líderes dos oito partidos com assento parlamentar e um representante do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), decidiram, esta semana, manter o plenário de janeiro de forma presencial, apenas com a recomendação de que os deputados façam teste de despiste à Covid-19 antes dos trabalhos começarem.
Carlos Furtado discorda desta decisão e lembra que os políticos “deviam ser os primeiros a dar o exemplo”: “Cabe à classe política dar o exemplo de resiliência, responsabilidade social e defesa da manutenção dos serviços básicos de saúde”.
A sala de plenário da Assembleia Legislativa dos Açores tinha sido alterada, no início da pandemia, no sentido de garantir maior distanciamento entre os deputados (foi colocado um terceiro anel de bancadas e alargada a distância entre cadeiras), mas em dezembro passado o plenário passou a ter o formato tradicional, onde todos estão sentados lado a lado.
“Acho que foi uma precipitação. Eu teria aguardado até ao período primaveril, após a época de gripe sazonal, para só depois alterar a sala de plenário”, critica agora o deputado independente.
O parlamento dos Açores é composto por 57 deputados em representação de oito forças políticas (PS, PSD, CDS, BE, PPM, Chega, IL e PAN) e um deputado independente.
LUSA/HN
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