“A partir de 17 de janeiro de 2022 passam a ser elegíveis todas as pessoas com idade igual ou superior a 40 anos, priorizando-se o agendamento das pessoas com patologias de risco acrescido”, lê-se no Plano Regional de Vacinação contra a Covid-19, publicado ontem na página da internet da direção regional da Saúde dos Açores.
O documento define também datas para o alargamento da vacinação com a dose de reforço contra a Covid-19 às faixas etárias seguintes.
As pessoas com mais de 30 anos podem receber a dose de reforço “a partir de 31 de janeiro” e as que têm mais de 18 anos “a partir de 14 de fevereiro”, estando igualmente prevista a priorização do agendamento dos utentes “com patologias de risco”.
A nova versão de plano inclui também a possibilidade de vacinação de crianças entre os cinco e os 11 anos, operação que deverá arrancar no dia 18 ou 19 de janeiro, segundo anunciou ontem o diretor regional da Saúde, Berto Cabral.
Segundo o documento, a administração da vacina às crianças entre os cinco e os 11 anos “deve, sempre que possível, respeitar um intervalo de duas semanas em relação à administração de outras vacinas, independentemente da vacina (aplica-se também à vacina contra a gripe)”.
O plano refere ainda que “a vacinação das crianças com história de Síndrome Inflamatório Multissistémico deve ser avaliada caso a caso pelo médico assistente, aplicando-se o esquema vacinal das pessoas recuperadas de covid-19”.
Quanto à vacinação de crianças com história de miocardite ou pericardite, “deve ser adiada pelo menos até à resolução completa do quadro clínico, avaliada caso a caso pelo médico assistente”.
Os Açores são a única região do país em que ainda não arrancou a vacinação contra a Covid-19 de crianças entre os cinco e os 11 anos.
O diretor regional da Saúde, Berto Cabral, disse ontem que deverão chegar à região vacinas para essa faixa etária “na próxima segunda-feira” e que “a partir do dia 18 ou 19, há condições para que a vacinação arranque no arquipélago”.
“Cada unidade de saúde de ilha e, tendo em conta a especificidade de cada uma, quer seja na dimensão da população, quer seja no número de recursos humanos que tem para o processo, irá adotar o modelo que for mais funcional. Em São Miguel, prevê-se que seja em casa aberta, na Terceira a unidade de saúde de ilha vai fazer com agendamento”, revelou, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita a uma operação de testagem em massa nas escolas, que arrancou ontem nas ilhas Terceira e São Miguel.
Os Açores têm cerca de 11 mil crianças entre os cinco e os 11 anos, mas a direção regional da Saúde estima que a vacinação atinja um número mais reduzido.
“Sabemos que na prática não vai ser bem assim, porque os números nacionais também já demonstram que a taxa de recusa é superior às outras faixas etárias”, admitiu Berto Cabral.
LUSA/HN
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