Segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública angolano, Franco Mufinda, que falava hoje no final da visita efetuada ao Hospital Esperança, em Luanda, a transferência dos serviços para unidades menores teve início em 2016 e foi acelerada há uma semana.
“Quando a unidade (Hospital Esperança) surgiu, em 2004, era a única, mas fomos formando pessoas e fazendo a descentralização, de modo que hoje estamos a falar de 800 unidades a nível nacional, entre postos e centros de saúde, hospitais municipais e provinciais”, disse.
Franco Mufinda explicou que a medida surge para “aliviar o utente” no acesso aos cuidados de saúde: “A ideia é justamente devolver o doente junto à sua casa, procurando serviço junto à sua casa e onde criamos as condições”.
O Hospital Esperança “conta com 11.000 pacientes inscritos, cerca de 7.000 estão já referenciados na base”. “Acelerámos o processo de transferência na semana passada e num espaço de 10 dias já transferimos 700 pessoas”, realçou.
A necessidade da “rápida reposição” do novo antirretroviral nas unidades menores foi apontada pelo secretário de Estado angolano como um desafio a nível local de modo a se “evitar enchentes” no Hospital Esperança.
“O utente não pode ser referenciado para uma unidade de base e começar a enfrentar dificuldades de acesso aos medicamentos, de modo que as províncias devem justamente abraçar o novo medicamento para uniformizar o processo e evitar que o utente tenha problemas”, observou.
O governante assegurou igualmente que o Hospital Esperança “continuará a prestar os serviços mínimos aos utentes”, referindo que a unidade tem ‘stock’ de medicamentos para até seis meses.
“Quem sai daqui do Hospital Esperança é referenciado para uma unidade de base, leva consigo medicamentos para dois ou três meses. Faremos tudo no sentido de assegurar, uma vez mais, que a cadeia de suplementos, sobretudo nas unidades de Luanda, seja funcional”, concluiu.
Segundo estatísticas da Rede Angola de Serviços de Sida e Grandes Endemias (Anaso), vivem em Angola cerca de 350 mil com o VIH/Sida, das quais 90 mil estão a fazer terapia antirretroviral.
LUSA/HN
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