Vacina chinesa da Sinopharm autorizada para adultos na África do Sul

7 de Fevereiro 2022

A vacina chinesa contra a Covid-19 Sinopharm/BBIBP vai começar a ser administrada em adultos na África do Sul, anunciou esta segunda-feira a autoridade que regula os medicamentos no país.

Em comunicado, a Autoridade Reguladora Sanitária da África do Sul (SAPHRA, na sigla em inglês) explica que a autorização “se baseia na aceitável segurança, qualidade e eficácia do produto, de acordo com os estudos facultados” pela farmacêutica chinesa.

A vacina “administra-se com duas doses de infeção intramuscular, com um intervalo de entre 2 e 4 semanas entre elas”, indica o texto.

A SAPHRA enfatizou, no entanto, que a autorização está “sujeita a várias condições”, incluindo que a vacina seja fornecida e administrada de acordo com as regras do programa de vacinação da África do Sul.

Como o Governo sul-africano não tem ordens de compra da Sinopharm, por enquanto não existem regras específicas para esta vacina.

Segundo a agência do medicamento sul-africana, haverá ainda “condições adicionais” relacionadas com a realização de novos estudos periódicos, incluindo de dados sobre a segurança da vacina.

No mesmo comunicado, a SAPHRA anunciou também a aprovação geral da vacina da Pfizer para maiores de 12 anos.

Esta vacina já estava a ser aplicada no país desde o ano passado, mas sob uma autorização “de emergência” para combater a pandemia.

Até agora, o programa de imunização anti-Covid-19 da África do Sul só usou as vacinas da Johnson e da Pfizer.

O país, que até agora registou 3,6 milhões de contágios e pouco mais de 95.000 mortes, é o grande epicentro da pandemia no continente africano.

Apesar disto e dos esforços do Governo para sensibilizar para a importância da vacinação contra a Covid-19, apenas 28% da população sul-africana (cerca de 58 milhões de habitantes) tem a vacinação completa.

Os níveis de contágio estão agora estabilizados, com baixas taxas de infeção, após o país ultrapassar uma forte quarta vaga, impulsionada pela variante Ómicron do SARS-CoV-2, identificada pela primeira vez no país no final de novembro.

Esta variante provocou um grande número de casos, que se propagaram com muita rapidez, mas foram menos graves a nível clínico do que as variantes anteriores e diminuíram também com mais velocidade.

As autoridades sul-africanas já alertaram que esperam uma quinta vaga da doença à medida que o país se aproxima do inverno austral (que começa em junho).

LUSA/HN

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