Num plano sobre as principais iniciativas para este ano, a Associação de Planeamento Familiar da China disse que a “intervenção” para reduzir o número de abortos visa “melhorar a saúde reprodutiva”.
O mesmo órgão informou que vai ser criada uma equipa para projetos de educação e comunicação nesta área.
Não é claro, até ao momento, como a agência chinesa poderá vir a intervir nas situações de interrupção voluntária da gravidez.
O plano também engloba um programa piloto de saúde pública para incentivar os chineses a terem mais de um filho.
A China, nação mais populosa do mundo, com cerca de 1.400 milhões de habitantes, aboliu, em 2016, a política de “um casal, um filho”, pondo fim a um rígido controlo da natalidade que durava desde 1980.
Em maio do ano passado passou a permitir que os casais tenham até três filhos.
O país enfrenta uma potencial crise demográfica, à medida que a taxa de natalidade caiu mais rápido do que o previsto, apesar do fim da política do filho único.
Muitos jovens chineses estão impedidos de ter mais filhos, devido aos custos e à pressão de criá-los, além das preocupações com a falta de apoios ao nível de creches e do acesso a cuidados médicos.
De acordo com este plano, a associação de planeamento familiar quer enfrentar o problema através de esforços para promover uma cultura familiar “positiva” de casamento e de filhos múltiplos, através de programas de educação ou melhores cuidados para as crianças.
Os programas de educação também irão enfatizar os valores familiares tradicionais e os cuidados comunitários para idosos vulneráveis.
LUSA/HN
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